A recessão, ou o temor dela continua a ser o mote dos investidores globais para pautar o humor e a volatilidade dos ativos, o que já não ocorre de maneira uníssona, ou seja, são perspectivas diferentes em localidades diferentes.
Na Europa, por exemplo, a relutância da autoridade monetária e econômica em retirar a serie de estímulos atualmente presentes na economia, assim como a elevação de juros vem da quase certeza de que o bloco se sustenta atualmente nestes dois pontos e não suportaria continuar sem uma política frouxa.
O parque industrial do bloco se sustenta na Alemanha, a qual depende do gás russo muito além do que se imaginava, para deleite do ex-presidente Trump e os eventos militares somente acentuaram o problema no curto prazo.
Além disso, a pressa em adotar soluções de energia com menor pegada de carbono na Alemanha, chamado “Energiewende” destruiu o parque nuclear da maior economia europeia, sem antes trazer uma solução que proporcionasse energia eficiente e na mesma proporção.
Agora, o país pede aos legisladores para reduzir as restrições de uso de carvão para cumprir com a lacuna deixada por ambos o gás russo, como a energia nuclear desativada paulatinamente nos últimos anos.
Isso em partes resume a segunda faceta da possível recessão do bloco, em meio à possível retirada de estímulos que neste momento, sustentam tudo com a fragilidade de um graveto.
O caso americano é diferente, pois vem de um crescimento econômico forte, obviamente baseado em grande parte na retomada daquilo que foi literalmente fechado durante a pandemia, porém tem no mercado de trabalho um importante sustentáculo, como repetiu algumas vezes Powell perante o senado americano.
O presidente do Fed foi enfático nas causas da inflação, apesar de aparentemente os congressistas não aceitarem ou entenderem suas explicações e por fim, reforçou-se que o combate à inflação é o elemento mais importante a ele neste momento.
Sendo notória a posição do Fed quanto à recessão, poderemos observar sim um ciclo de aperto, porém nada que fira a possibilidade dos EUA continuarem a crescer, evitando que a inflação se torne algo intrínseco à economia.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com temores de recessão novamente atingindo a Europa e na expectativa por dados nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados por ações de empresas chinesas, animadas por possíveis estímulos do governo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ao minério de ferro e paládio.
O petróleo abre em forte queda em Londres e Nova York, com a renovação de temores globais de recessão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,62%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1947 / 1,31 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,454%
Dólar / Yen : ¥ 135,31 / -0,705%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,473%
Dólar Fut. (1 m) : 5175,75 / 0,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,60 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 24: 13,09 % aa (-0,76%)
DI - Janeiro 26: 12,21 % aa (-1,17%)
DI - Janeiro 27: 12,24 % aa (-1,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1627% / 99.522 pontos
Dow Jones: -0,1543% / 30.483 pontos
Nasdaq: -0,1465% / 11.053 pontos
Nikkei: 0,08% / 26.171 pontos
Hang Seng: 1,26% / 21.274 pontos
ASX 200: 0,31% / 6.528 pontos
ABERTURA
DAX: -0,724% / 13049,11 pontos
CAC 40: 0,094% / 5922,17 pontos
FTSE: -0,053% / 7085,47 pontos
Ibov. Fut.: -0,20% / 101159,00 pontos
S&P Fut.: 0,45% / 3779,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,776% / 11655,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,15% / 123,30 ptos
Petróleo WTI: -0,84% / $105,30
Petróleo Brent: -0,82% / $110,82
Ouro: -0,46% / $1.829,22
Minério de Ferro: 8,29% / $117,10
Soja: -1,97% / $1.620,00
Milho: -1,56% / $756,00
Café: -0,25% / $238,00
Açúcar: -0,22% / $18,41