A PEC tem sido o principal motor do descolamento do mercado local do exterior, em meio à tentativa do governo eleito inchar cada vez mais a peça, elevando o custo de transição e demandando um ‘waiver’ quase infinito para este mandato.
O formato não é bom, foge daquilo que muitos que votaram pela troca do mandato esperavam, pois se vendia um governo ‘pragmático’, coisa que aparentemente não está ocorrendo, especialmente na comparação com o mandato de 2002.
Para piorar, a comparação sequer cabe no atual momento, pois o além da austeridade fiscal e dos ajustes promovidos, odiados por 3 entre 5 petistas, o momento econômico mundial era o inverso do atual, especialmente a política de juros após o 11 de setembro nos EUA.
No segundo mandato, a conjunção de fatores que levaram ao boom de commodities e ao mais do que intenso fluxo de capitais ao Brasil, seja pela via financeira, comercial ou direta tiveram impacto direto na arrecadação, dando abertura a programas sociais ainda mais intensos.
Portanto, havia um ambiente em que os superávits primários ocorriam, abastecidos por um fluxo intenso de recursos do exterior, propiciando o ambiente de crescimento econômico que alimentava uma arrecadação elevada e sustentava a série de programas, como subsídios do BNDES, campeões nacionais, programas sociais e etc.
O problema foi na primeira grande crise que o partido enfrentou e seu ministro da economia resolveu através de fórmulas heterodoxas, conhecidas como “anticíclico”, que além de prevenir o Brasil de sair da crise juntamente ao resto do mundo, por causa das eleições de 2010, criou a bomba fiscal que Dilma alimentou ainda mais em seu mandato.
Daí o temor em relação ao atual momento, pois as commodities não sustentam mais um ‘boom’, como em 200;, os juros estão em ascensão no mundo; a China ainda é dúvida como driver de crescimento de emergentes; projetamos um crescimento menor, com inflação mais baixa para 2023, o que reduz em todos os aspectos a arrecadação.
Vamos então para o expediente de impostos, que contraem a economia?
Mais um ponto que, além de não resolver o problema, penaliza a todos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por dados do mercado imobiliário americano e a perda da câmara pelos Democratas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com perdas de ações de tecnologia na China e o déficit comercial acima das projeções no Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao paládio e à prata.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com temores de novos casos de COVID na China e no Japão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,37%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3933 / 1,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,04 / -0,308%
Dólar / Yen : ¥ 139,72 / 0,086%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / -0,294%
Dólar Fut. (1 m) : 5404,80 / 1,32 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,99 % aa (-0,22%)
DI - Janeiro 24: 14,08 % aa (2,40%)
DI - Janeiro 26: 13,17 % aa (2,81%)
DI - Janeiro 27: 13,09 % aa (2,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,5786% / 110.243 pontos
Dow Jones: -0,1164% / 33.554 pontos
Nasdaq: -1,5385% / 11.184 pontos
Nikkei: -0,35% / 27.931 pontos
Hang Seng: -1,15% / 18.046 pontos
ASX 200: 0,19% / 7.136 pontos
ABERTURA
DAX: 0,227% / 14266,34 pontos
CAC 40: -0,461% / 6576,74 pontos
FTSE: -0,538% / 7311,64 pontos
Ibov. Fut.: -2,70% / 111041,00 pontos
S&P Fut.: -0,15% / 3962,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,015% / 11735,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,46% / 116,31 ptos
Petróleo WTI: -0,54% / $85,13
Petróleo Brent: -0,28% / $92,60
Ouro: -0,50% / $1.765,04
Minério de Ferro: -0,12% / $96,85
Soja: -0,70% / $1.419,25
Milho: -1,28% / $656,50
Café: 0,03% / $154,85
Açúcar: -1,68% / $19,96