CENÁRIO MACROECONÔMICO
O crescimento americano acima das expectativas é mais um elemento de suma importância para confirmar a alta de juros nos EUA pelo FOMC em dezembro, assim como os desagregados do PIB e mercado de trabalho a serem divulgados hoje.
Com um futuro ainda incerto, o Fed ainda tem como desafio a falta completa de informações sobre a nova política econômica e de como isso impactará na condução da política monetária, mesma dúvida que aflige o Banco Central do Brasil e força uma postura mais conservadora ( Hawkish ), mesmo com os maiores juros reais do mundo.
Deste modo, a decisão do COPOM hoje não deve surpreender ao mercado com cortes acima de 25 bp, porém espera-se tanto no comunicado, como na ata e até mesmo no próximo relatório de inflação, uma sinalização para que, nas condições apropriadas de cenário, possa ocorrer o aprofundamento dos cortes de juros.
O PIB brasileiro hoje, mesmo apontando recessão não deve influenciar a decisão de juros, mas sim fazer parte do conjunto de informações que seguramente apontam para a necessidade de juros menores e por isso a necessidade da aprovação da PEC 55.
CENÁRIO POLÍTICO
A PEC 55 foi aprovada com folga no senado, 61 votos favoráveis, contra 14 e mostra que mesmo em meio à uma forte crise política, o apoio de Temer supera inclusive aquele que Fernando Henrique teve nos anos 90.
Esta quantidade de votos acima do mínimo necessário é um barômetro importante para as novas medidas a serem votadas no futuro, principalmente àquelas ligadas à reforma da previdência, muito mais polêmica e com maior ônus político do que o teto dos gastos.
Como em política tudo tem um outro lado, a aprovação na câmara das 10 medidas contra corrupção sofreu modificativos importantes, principalmente no que cerne a atuação dos juízes e promotores. Apesar de importante esta discussão sobre abuso de poder, o timing para isso não poderia ser pior, pois exatamente ressalta um sentimento enorme de autopreservação dos parlamentares em meio às investigações.
CENÁRIO DE MERCADO
Após a queda no preço do petróleo na sessão de ontem, a commodity abre positiva com a reunião da OPEP e ajuda a puxar a abertura dos mercados na Europa, o que não é ainda seguido pelos futuros em NY, ainda pesando a possibilidade de alta de juros em resposta aos indicadores econômicos positivos.
Na Ásia o fechamento foi errático, também na expectativa com a OPEP e na abertura dos negócios, os títulos do tesouro americano apresentam rendimento em queda e pressão de preços em todos os vencimentos, o que se traduz como dólar global em alta.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3928 / 0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,066%
Dólar / Yen : ¥ 112,99 / 0,543%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,040%
Dólar Fut. (1 m) : 3397,55 / 0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 17: 13,61 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 18: 12,08 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 21: 11,86 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 25: 12,09 % aa (-0,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,97% / 60.987 pontos
Dow Jones: 0,12% / 19.122 pontos
Nasdaq: 0,21% / 5.380 pontos
Nikkei: 0,01% / 18.308 pontos
Hang Seng: 0,23% / 22.790 pontos
ASX 200: -0,31% / 5.440 pontos
ABERTURAS
DAX: 0,240% / 10645,97 pontos
CAC 40: 0,342% / 4567,04 pontos
FTSE: 0,564% / 6810,17 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 61331,00 pontos
S&P Fut.: 0,068% / 2205,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,005% / 4874,75 pontos