Poderia ter sido pior.
A PEC de R$188 bi foi aprovada em segundo turno na câmara por somente um ano, com a rejeição de todos os destaques – especialmente do Novo- e uma separação de recursos aos políticos do que seriam as “emendas de relator”, além do aumento de salários à classe política, que inclui parlamentares, presidente, vice e ministros da República.
Com isso a Comissão Mista do Orçamento (CMO) deve aprovar o PLOA de 2023, embarcando as novas despesas e a elevação do auxílio Brasil para R$ 600, incluindo os R$ 145 bi de elevação do teto, R$ 23 bi fora e mais R$ 20 bi das emendas.
Este desenho é importante tanto para o novo governo entender as bases de negociação daqui em diante, ou seja, inexiste a possibilidade de waivers como assim queria logo após a eleição e que o ‘custo’ dos projetos do governo é elevado e exclui uma série grande de pautas prometidas em campanha.
Taxações de dividendos, controle de mídia, novos possíveis impostos, financiamento de outros países, isso tudo está praticamente excluído daqui em diante, dado o custo congressual cobrado, especialmente pelo fato do PT e aliados preservarem o controle político da maioria dos ministérios, ao menos até agora anunciados.
Sem instrumentos como aqueles observados no passado, com pesadas consequências jurídicas e os novos poderes adquiridos pelo congresso após a pandemia., o novo governo acaba de entender, ainda que tenha obtido uma vitória, que o mandato está longe de ser um ‘passeio’, como foi em 2002.
No exterior, as bolsas nos EUA deixaram de lado o péssimo número do mercado imobiliário, o qual se junta aos de anteontem para preconizar um cenário difícil de recessão de agora em diante e focaram no índice de confiança do consumidor, o maior em 10 meses, o que tende a ajudar os resultados de fim de ano.
Importante hoje a leitura final do PIB americano do terceiro trimestre, o qual deve repetir a premissa de crescimento trimestral de 2,9%, além de indicadores antecedentes, estes apontando para dados negativos e os pedidos semanais de auxílio-desemprego.
O PIB também foi divulgado no Reino Unido, porém o resultado final mais fraco no geral (-0,3% tt ante -0,2% tt) não afetam a abertura dos negócios na Europa, além de preservar a atual política monetária.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, à medida que o sentimento positivo global aumenta, apesar dos temores de recessão e juros altos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a CVM chinesa prometer a compra de títulos do setor imobiliário e novos empréstimos de forma a criar um novo estímulo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o paládio em forte alta.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, à medida que a redução nos estoques nos EUA contraria as preocupações com Covid na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,50%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2012 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,358%
Dólar / Yen : ¥ 131,98 / -0,370%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,166%
Dólar Fut. (1 m) : 5208,84 / -0,18 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,78 % aa (-1,10%)
DI - Janeiro 25: 13,24 % aa (-0,79%)
DI - Janeiro 26: 13,14 % aa (-0,73%)
DI - Janeiro 27: 13,09 % aa (-0,71%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5325% / 107.433 pontos
Dow Jones: 1,6035% / 33.376 pontos
Nasdaq: 1,5384% / 10.709 pontos
Nikkei: 0,46% / 26.508 pontos
Hang Seng: 2,71% / 19.679 pontos
ASX 200: 0,53% / 7.153 pontos
ABERTURA
DAX: -0,081% / 14086,43 pontos
CAC 40: 0,030% / 6582,24 pontos
FTSE: 0,306% / 7520,25 pontos
Ibov. Fut.: 0,30% / 109251,00 pontos
S&P Fut.: -0,01% / 3905,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,119% / 11335,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 113,42 ptos
Petróleo WTI: 1,66% / $79,59
Petróleo Brent: 1,53% / $83,46
Ouro: 0,15% / $1.815,63
Minério de Ferro: -1,45% / $110,65
Soja: -0,03% / $1.483,00
Milho: 0,30% / $664,50
Café: 0,30% / $168,80
Açúcar: 0,43% / $20,85