O payroll é o principal indicador da economia Norte-Americana que mede o desempenho e a força do país.
Nele encontramos informações de extrema importância no que se diz respeito à criação de novos empregos. Ele apresenta a folha de pagamentos, que representa aproximadamente 80% dos empregos nos Estados Unidos, medindo quantas pessoas estão empregadas e recebendo salário, afinal estamos falando da principal potência mundial.
Este indicador econômico é atualizado toda primeira sexta-feira do mês às 09h30 (horário de Brasília).
Os principais dados que devemos considerar são:
1. Ganho médio por hora trabalhada (quanto maior o dado melhor, mostra que as pessoas estão mudando de empregos e buscando cargos de maior qualificação);
2. Geração de empregos não-agrícolas e privados (Quanto maior o dado melhor, pois mostra uma aceleração econômica);
3. Taxa de Desemprego (Quanto menor o dado melhor, pois mostra menos pessoas desempregadas e mais pessoas produzindo para o país);
Fatos relevantes que devem ser considerados na análise do payroll desta sexta-feira (05/11/2021):
Primeiro ponto: Os Estados Unidos, como boa parte do mundo, precisou adotar uma política expansionista devido à pandemia, em que o governo eleva os gastos públicos tomando títulos públicos, reduz os tributos de impostos e intensifica os programas de distribuição de renda, como o auxílio emergencial. Com mais recursos em circulação, espera que o PIB seja impactado positivamente pelo consumo, mas existe o risco dos preços subirem e, consequentemente, aumento da inflação.
Agora, com a ata do Fomc e com o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na data de ontem (03/11/2021), a expectativa é que o governo norte-americano inicie uma política mais contracionista, ou seja, reduza os gastos públicos, aumente os tributos e diminua a distribuição de renda com a redução dos programas sociais. Com menos recurso em circulação, espera-se que os preços caiam e a inflação fique sob controle, porém o custo disso tudo é um possível impacto no crescimento econômico, ou seja, desacelerando o PIB.
Segundo ponto: Nos últimos relatórios do Payroll percebemos:
> Aceleração: Ganho médio por hora;
> Desaceleração: Geração de empregos privados e agrícolas;
Observação: A taxa de desemprego também está diminuindo.
O que isso significa? A população está ficando mais seletiva na escolha de empregos, tanto na atividade exercida quanto no salário a ser recebido (empregos mais qualificados).
Canais de notícias da região mostram a falta de profissionais para trabalhar.
Estamos falando de todo tipo de trabalho, desde empregos com necessidade de profissionais especializados até redes de lojas e fast food com dificuldade na contratação.
Em resumo: quanto mais a população consome, aumenta a necessidade de produção de bens e serviços, consequentemente ocorre o aumento no fluxo de empregos (novos empregos são criados) e, por fim, aumenta a renda da população, o que fomenta a economia.
Juntamente neste processo ocorre o “fator inflação”. Se a demanda é maior do que a oferta, os preços sobem. Esse é o grande desafio do Federal Reserve. Para controle da inflação é natural que aumente a curva de juros, desacelerando a economia para encontrar o “ponto de equilíbrio”.
Os indicadores econômicos trazem as perspectivas necessárias para auxiliar os investidores na previsão futura da economia do país em questão, para aumentar sua exposição ao risco ou até mesmo realizar suas posições.
Cabe ressaltar que, mesmo nestas condições, por enquanto os principais índices de Nova York seguem aquecidos, batendo recordes de alta constantemente. A divulgação dos balanços das empresas listadas nas bolsas dos Estados Unidos também está agradando bastante os investidores, mostrando a maturidade e robustez econômica do país.