Os mercados asiáticos apresentaram queda na sua maioria nesta sexta-feira, após três sessões de amplos expressivos, com a China adiando o lançamento de dados comerciais para janeiro, que deveriam ser divulgados às 9h, será combinado com os dados comerciais de fevereiro.
Não somente o atraso dos dados, todavia a constância de notícias sobre o vírus e ao mesmo tempo, a falta de informações mais concretas geram dúvidas sobre a continuidade do “bom humor” dos investidores, em meio à uma série de indicadores econômicos relevantes na agenda, além de dados corporativos.
Conforme citamos em nosso relatório do Coronavírus, a falta de informação e os temores dos resultados econômicos da pandemia podem ser decisivos para a continuidade do apetite pelo prêmio de maior risco, como tem se mantido recentemente.
Um dos eventos mais emblemáticos desde a divulgação em janeiro da doença foi a morte ontem do médico de Wuhan, Li Wenliang, a qual provocou manifestações públicas de pesar e críticas ao governo nas mídias sociais.
O oftalmologista de 34 anos foi uma das primeiras pessoas a alertar sobre os perigos do vírus, mas foi repreendido pelas autoridades por "espalhar boatos" e agora, as mídias sociais chinesas fervilham com críticas ao governo pela falta de informação, dados concretos e pela censura que ocorre devido ao evento.
Para os investidores, além da correção dos dias seguidos de altas nas bolsas de valores, a constante revisão do crescimento chinês por bancos internacionais e consultorias também assusta, porém ao não possuirmos informações concretas sobre como poderá ser a reação financeira do governo chinês ao evento, preferimos aguardar.
A semana fecha com o IPCA no Brasil, com grande expectativa após um dezembro pressionado e a decisão do COPOM e com o Payroll, nos EUA, seguido de mais uma surpresa do ADP muito acima das projeções, o qual pode influenciar o resultado público de fevereiro.
Atenção também ao IGP-DI.
Atenção hoje aos balanços de SoftBank, Honda, Suzuki, Sumitomo, Tata, CBOE, Nippon Steel e Isuzu.
Localmente, Alpargatas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os investidores atentos aos desenvolvimentos econômicos do Coronavírus.
Na Ásia, dia negativo, com o atraso dos dados de comércio na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, cobre cai com cancelamento de ordens da China.
O petróleo abre em queda, mesmo com possíveis cortes de produção da OPEP, apoiados agora pela Rússia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2824 / 0,96 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,301%
Dólar / Yen : ¥ 109,75 / 0,219%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 4280,14 / 0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,02 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,54 % aa (2,21%)
DI - Janeiro 25: 6,14 % aa (1,49%)
DI - Janeiro 27: 6,47 % aa (1,25%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7225% / 115.190 pontos
Dow Jones: 0,3036% / 29.380 pontos
Nasdaq: 0,6675% / 9.572 pontos
Nikkei: -0,19% / 23.828 pontos
Hang Seng: -0,33% / 27.404 pontos
ASX 200: -0,38% / 7.023 pontos
ABERTURA
DAX: -0,559% / 13498,94 pontos
CAC 40: -0,258% / 6022,62 pontos
FTSE: -0,574% / 7461,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,93% / 115189,00 pontos
S&P Fut.: -0,335% / 3334,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,486% / 9408,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,27% / 74,76 ptos
Petróleo WTI: -0,31% / $50,77
Petróleo Brent: -0,44% / $54,75
Ouro: 0,14% / $1.568,82
Minério de Ferro: 1,36% / $80,96
Soja: 0,06% /$ 881,25
Milho: 0,33% / $380,25
Café: -0,25% / $97,90
Açúcar: 1,29% / $14,93