Nos EUA, hoje é feriado do dia de Ação de Graças. Ontem na ata do Fed, a maioria dos formuladores de políticas monetária americana apoiou a desaceleração do ritmo dos aumentos das taxas de juros "em breve" para avaliar o impacto defasado do aperto da política monetária na economia e na inflação. O investidor deve considerar o cenário que parece hoje mais plausível e conservador, com aumento de 0.50% em dezembro, e uma estabilização do teto da meta de juros nos EUA em 5% em 2023.
Uma moderação no ritmo de alta de juros pelo banco central provavelmente abriria espaço para a valorização de moedas consideradas mais arriscadas, já que tornaria o diferencial de juros entre os EUA e outras economias menos favorável à maior economia do mundo. Ou seja, o Brasil atrairá mais capital pelo carry trade.
Ontem o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,3709 para venda. Essa leve queda foi contida pela situação política no Brasil.
O ambiente de incerteza e cautela dos investidores por conta da falta de consenso a respeito do texto da PEC da Transição e indefinição de ministro da fazenda ainda deve trazer volatilidade para o câmbio. Caso se consolide um cenário fiscal excessivamente agressivo em termos de gastos, o câmbio vai piorar.
São dois vetores em direções opostas. O dos EUA que fortaleceria o real e o interno da nossa política que está fortalecendo o dólar. Em momentos de incerteza o dólar é o ativo “porto seguro”.
Para hoje, na agenda, temos aqui no Brasil a confiança do consumidor e o IPCA-15 e na Europa a ata de reunião de política monetária do BCE.
Bons negócios a todos, muito lucro e torcida pelo Brasil na Copa, afinal a Alemanha e a Argentina já perderam.