Theresa May prometeu nesta semana se ater ao seu polêmico esboço de acordo para a separação britânica da União Europeia, e parlamentares dissidentes de seu próprio partido tentam desafiar sua liderança. Desde que chegou a um acordo, na terça-feira passada, May enfrenta a crise mais perigosa desde que assumiu, já que vários ministros renunciaram – inclusive o encarregado do Brexit. A premiê prometeu continuar lutando e alertou que derrubá-la cria o risco de adiar a desfiliação da UE ou sair do bloco sem um acordo, o que poderia lançar a quinta maior economia do mundo no desconhecido.
“Temos em vista um acordo que funcionará para o Reino Unido e, que ninguém duvide, estou determinada a finalizá-lo”, disse May em um discurso ao CBI, o principal lobby empresarial britânico, sendo muito aplaudida. A UE deve realizar uma cúpula para debater o esboço do pacto em 25 de novembro. Há relatos de que alguns ministros que apoiam o Brexit querem reescrever partes dele, mas a Alemanha descartou tal ideia. O negociador do Brexit da UE, Michel Barnier, disse que o esboço de acordo é “justo e equilibrado”.
Mais de dois anos depois do Reino Unido votar pela desfiliação da UE, ainda não está claro como, em que termos ou mesmo se o país deixará o bloco tal como planejado em 29 de março de 2019. Muitos líderes empresariais e investidores temem que a política frustre um pacto, sujeitando a economia a uma separação sem acordo com o bloco que poderia enfraquecer o Ocidente, poderia assustar os mercados financeiros e poderia entupir as artérias do comércio.
Partindo-se para a nossa análise gráfica no período diário com um zoom afastado, que nos permite ver todo o ano de 2018, iniciado pela linha vertical pontilhada branca, notamos como a tendência predominante foi de queda, até ser rompida no mês de setembro com a superação da resistência em 145.750.
Após este movimento de alta, o mercado fez um topo na região de 149.750, descendo posteriormente para testar a zona de suporte entre 143.750 até 142.750, de onde se aproxima novamente.
Ligando-se os fundos ascendentes mais recentes, pode ser possível notar o desenho de um eventual canal de alta. No momento de análise, os preços chegam para testar essa base do canal que poderá despertar o interesse dos compradores. Se confirmado, poderemos ter mais altas até a região dos 149.500 nos próximos dias.
No caso de um viés pessimista para a Libra, possivelmente influenciado por falhas no avanço das negociações do Brexit, a ponto de romper do suporte em 142.750, poderíamos ter mais quedas até os 139.850, que também é a mínima de 2018.
Vamos acompanhar essa situação que segue embaraçosa no Reino Unido. Sucesso e bons negócios!