O secretário do tesouro americano, Mnuchin, indicou que os EUA chegaram a 90% de um acordo com a China, aliviando as pressões pela questão geopolítica com o Irã, esta ainda sem solução visível de curto prazo e com potencial de gerar fatores de tensão.
Ontem, o impacto das declarações, muito sãs por sinal, do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell foram no sentido de clarificar ao mercado que a autoridade monetária não vai se dobrar à uma demanda sem sentido de estímulos de toda ordem do presidente americano para ajudá-lo na recondução do segundo mandato.
O FED tem sido um alvo constante de Trump, principalmente quando outros BCs anunciam continuidade de programas de alívio quantitativo, os quais ele queria muito que Fed retomasse com cortes adicionais de juros, como no caso europeu.
Ainda assim, o sinal de Powell foi de reafirmar que sim, um corte pode ocorrer, mas vai depender dos indicadores econômicos daqui até 2020, portanto a precificação de um corte antecipado não faz sentido.
Ingenuamente, alguns atribuem a deterioração dos ativos ontem às questões políticas locais, entretanto, ainda que tenham chamado um pouco de atenção, os eventos internacionais foram muito mais relevantes no contexto.
Neste cenário, o sinal de adiamento da votação da reforma da previdência foi o mais relevante.
No contexto econômico, a baixa expressiva do IPC-15 não foi suficiente tanto para superar a ata do COPOM, resiliente ao corte de juros sem sinais mais concretos de avanço das reformas, quanto os temores de atraso da reforma.
Hoje as atenções se voltam aos pedidos de bens duráveis nos EUA e no Brasil, aos custos de construção e aos números do governo central, onde após o superávit do mês passado, novo déficit (sazonalmente correto) deve ocorrer.
CENÁRIO POLÍTICO
Ex-presidente continua e continuará preso; pressões para que os estados sejam incluídos na reforma podem adiar a votação, além de outros pontos como BPC e aposentadoria de policiais; presidente revoga decreto de armas e reedita outros 3; governo pode perder MP da cobrança em folha da contribuição sindical.
O contexto político continua a ser uma das principais fontes de ruídos, tanto aqui como no exterior, mais do que em outros momentos recentes da história.
O importante neste momento é ‘destilar’ aquilo que é ruído, do que seriam eventos de real importância. Está cada vez mais difícil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com sinais positivos de um acordo entre EUA e China.
Na Ásia, o fechamento foi misto, focado nas declarações de Powell.
O dólar opera em alta consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto pelo cobre.
O petróleo abre em alta, com a escalada da questão EUA e IRÃ e estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -3,3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8488 / 0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,070%
Dólar / Yen : ¥ 107,70 / 0,466%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,063%
Dólar Fut. (1 m) : 3847,22 / 0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,87 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,96 % aa (1,71%)
DI - Janeiro 23: 6,78 % aa (1,35%)
DI - Janeiro 25: 7,29 % aa (0,83%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,93% / 100.093 pontos
Dow Jones: -0,67% / 26.548 pontos
Nasdaq: -1,51% / 7.885 pontos
Nikkei: -0,51% / 21.087 pontos
Hang Seng: 0,13% / 28.222 pontos
ASX 200: -0,26% / 6.640 pontos
ABERTURA
DAX: 0,692% / 12313,08 pontos
CAC 40: 0,301% / 5531,15 pontos
FTSE: 0,128% / 7431,96 pontos
Ibov. Fut.: -2,06% / 100826,00 pontos
S&P Fut.: 0,510% / 2937,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,882% / 7696,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 79,95 ptos
Petróleo WTI: 1,75% / $58,84
Petróleo Brent:1,28% / $65,88
Ouro: -1,25% / $1.405,58
Minério de Ferro: -0,97% / $107,93
Soja: -0,69% / $15,75
Milho: -0,73% / $444,50
Café: 4,36% / $106,45
Açúcar: 0,08% / $12,31