A diferença entre as cotações dos ovos brancos e vermelhos levantados pelo Cepea aumentou significativamente em fevereiro. Enquanto a caixa do ovo branco se valorizou 15,4% na parcial do mês (de 31/1 a 16/2), indo para R$ 87,54 nessa quinta-feira, 16, a do ovo vermelho apresentou alta de 20,2%, para R$ 102,13. Nesse cenário, a diferença entre os produtos saltou de 9,4 reais/caixa no dia 31 de janeiro para 14,59 reais/caixa em 16 de fevereiro, a maior desde fevereiro/15. Segundo pesquisadores do Cepea, o calor tende a diminuir a produtividade das galinhas e prejudicar a qualidade dos ovos, principalmente do tipo vermelho, e com o aumento da demanda por ovos em geral, a oferta reduzida de vermelhos impulsiona ainda mais os preços dessa variedade frente ao ovo branco.
FRANGO: PREÇOS SOBEM, MAS RETRAÇÃO NO CONSUMO LIMITA ALTAS
Os preços do frango vivo e da carne tiveram novas altas nos últimos dias, mas a típica retração do consumo na segunda quinzena já começa a limitar as valorizações. Conforme pesquisadores do Cepea, para o animal vivo, o aumento esteve atrelado à maior procura para abate. Entre 9 e 16 de fevereiro, a variação positiva mais intensa, de 5,5%, foi verificada no estado de São Paulo, com a média a R$ 2,62/kg nessa quinta-feira, 16. No atacado da Grande São Paulo, a cotação do frango inteiro congelado subiu 4,1% no mesmo período, com o quilo negociado na média de R$ 3,92. Para o frango resfriado, na mesma região, a alta foi de 1%, a R$ 3,76/kg.
CITROS: DEMANDA POR LARANJA SE ENFRAQUECE NO MERCADO IN NATURA
A demanda por laranja está desaquecida no mercado in natura do estado de São Paulo, conforme colaboradores do Cepea, uma vez que compradores têm dado preferência para a mercadoria de melhor qualidade (cada vez mais escassa). Além disso, a disponibilidade das frutas “boca de safra” está maior, cenário que pode se intensificar nesta segunda quinzena de fevereiro, enfraquecendo as cotações. Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a média da laranja pera fechou a R$ 44,03/caixa de 40,8 kg, na árvore, queda de 1% em relação à anterior. Para a lima ácida tahiti, o cenário de elevada oferta e demanda desaquecida continua. Nesta semana, porém, as indústrias em operação elevaram as remunerações para cerca de R$ 13,00/cx, o que favoreceu os envios às processadoras e reduziu o volume no mercado de mesa. Assim, o preço médio da variedade entre 13 e 16 de fevereiro foi de R$ 8,67/cx de 27 kg, colhida, recuo de 1,1% em relação à média anterior.