OVOS: COTAÇÕES INICIAM ANO EM QUEDA
Após atingirem patamares elevados no final do ano passado, os preços dos ovos iniciam 2017 em queda em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. A pressão vem do baixo consumo, reforçado pelo calor intenso. Tradicionalmente, o período de férias escolares diminui a demanda (para merendas), além de alterar o hábito de consumo da população. As altas temperaturas, por sua vez, inibem a demanda, ao mesmo tempo em que prejudicam a produção. De 7 a 13 de janeiro, o preço da caixa de 30 dúzias do ovo tipo extra branco a retirar em Bastos (SP) teve queda de 8,2%, fechando a R$ 67,63 nessa quinta-feira, 12. Para o produto posto na Grande São Paulo, o preço dessa quinta foi de R$ 72,38, queda de 9,22% na semana. Para o ovo tipo extra vermelho, a retirar em Bastos, a queda foi de 7,98% na semana, a R$ 71,60/cx no dia 12. O produto vermelho posto na Grande São Paulo foi cotado a R$ 75,88/cx, 11,02% inferior à média do dia 6.
FRANGO: NEGÓCIOS ESTÃO FRACOS NESTE INÍCIO DE ANO NO BR
As negociações envolvendo carne de frango e o animal vivo estão lentas no mercado interno neste início de ano. Com isso, o preço pago pelo animal ao avicultor e o da carne negociada nos atacados estão em queda. Segundo colaboradores do Cepea, os estoques estão elevados, visto que o escoamento no final do ano passado foi limitado pelo fraco consumo. Na parcial de janeiro (de 29 de dezembro a 12 de janeiro), o animal vivo se desvalorizou 7,3% em São José do Rio Preto (SP), a R$ 2,68/kg na quinta-feira, 12. Quanto à carne, os preços do congelado caíram 6,5% em São Paulo, indo para R$ 3,89/kg na quinta. Chapecó foi a única praça acompanhada pelo Cepea em que registrou alta nos valores do congelado, de 1,8%, a R$ 4,28/kg. Para a carne resfriada, houve queda de 15,4% em Descalvado (SP), com os valores a R$ 3,60/kg na quinta. Ao contrário do mercado doméstico, as exportações de carne de frango in natura estão firmes, trazendo esperanças ao setor, uma vez que, historicamente, os embarques se enfraquecem de dezembro a janeiro, mas se recuperam nos meses seguintes.
CITROS: EM PICO DE SAFRA, PREÇOS DA TAHITI CAEM EM SP
O volume de lima ácida tahiti ofertado no mercado paulista está elevado desde meados de dezembro e a colheita da fruta deve seguir intensa até pelo menos fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a quantidade e qualidade da fruta neste ano devem superar as da temporada de 2016, devido ao clima favorável durante as floradas e desenvolvimento da variedade. Do lado da demanda, as vendas internas e externas estão enfraquecidas, cenário que tem pressionado os valores da fruta em São Paulo. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da lima ácida tahiti foi de RS 11,93/cx de 27 kg, colhida, queda de 10% em relação à anterior. Caso as baixas nos preços no mercado de mesa sejam muito intensas, citricultores podem priorizar o envio da fruta à indústria.