Os preços dos ovos recuaram nesta semana, refletindo, principalmente, a redução da demanda. Segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, compradores estão resistentes, na expectativa de novas desvalorizações nos próximos dias. Além disso, as baixas temperaturas têm favorecido o armazenamento adequado dos ovos, contribuindo para o aumento dos estoques e assim pressionando os valores. No entanto, apesar das desvalorizações, a relação de troca entre ovos e os principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja) segue favorável ao avicultor de postura, cujo poder de compra neste mês ainda é maior que em agosto do ano passado.
FRANGO: PODER DE COMPRA DO SETOR DIMINUI FRENTE AO MILHO, MAS CRESCE FRENTE AO FARELO
O poder de compra do setor avícola paulista diminuiu frente ao milho neste mês. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado aos valores mais altos do cereal no período e à relativa estabilidade das cotações do frango vivo em São Paulo. A resistência de produtores de milho em negociar e o aumento da demanda pelo cereal elevaram os preços na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Já os preços do frango vivo subiram apenas 1 centavo (0,5%) no acumulado de agosto (até o dia 24), para R$ 2,48/kg no dia 24. Frente ao farelo de soja, porém, o poder de compra do setor aumentou, já que os vendedores desse insumo têm comercializado o produto a preços menores, a fim de aumentar a liquidez e reduzir os estoques.
CITROS: COTAÇÕES RECUAM E LIQUIDEZ É BAIXA NO MERCADO DE LARANJA PERA
A comercialização da laranja pera de mesa diminuiu ainda mais em São Paulo nos últimos dias, tanto em decorrência do clima mais frio quanto da aproximação do final do mês, quando as vendas costumam recuar. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a pera registrou média de R$ 16,42/cx de 40,8 kg, na árvore, baixa de 3,2% frente à da semana anterior. No caso da lima ácida tahiti, os preços foram sustentados pela interrupção da colheita durante o período chuvoso e pela consequente redução da disponibilidade. A absorção dos mercados interno e externo, por outro lado, segue baixa, conforme colaboradores do Cepea. Na parcial desta semana, a média de comercialização da tahiti foi de R$ 39,08/cx de 27 kg, colhida, leve alta de 0,5% em relação à semana passada.