Em maio, os valores de venda do cordeiro vivo e da carcaça ovina tiveram movimentações distintas dentre os estados acompanhados pelo Cepea, reflexo do dinamismo de oferta e procura particular de cada região. De acordo com colaboradores consultados, a expectativa é de que as realizações de leilões agendados para junho possam reduzir a oferta de animais e elevar a liquidez doméstica nesse mercado.
No Ceará, onde o animal teve a maior desvalorização de abril para maio, os preços recuaram 6,7%, a R$ 5,29/kg no último mês. No comparativo anual, a queda é ainda maior, de 10,5%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de abril/19). Quanto à carcaça, os negócios registraram média de R$ 13,00/kg em maio, alta de 4% frente àquela de abril, mas queda de 11,8% em relação à de maio/18, em termos reais.
Em São Paulo, o cordeiro vivo ficou 3,4% mais caro em maio, comercializado na média de R$ 8,83/kg. No entanto, se comparado ao mesmo período do ano passado e se descontado o efeito da inflação, em maio, o produtor paulista recebeu 14,4% a menos pelo animal. Em relação à carne, os preços ficaram estáveis entre abril e maio, mas o comparativo anual (maio/19 frente maio/18) indica queda de 10,6%, em termos reais.
No Rio Grande do Sul, o animal valorizou-se 2,9% de abril para maio, e a carcaça, fortes 11%, com negócios a R$ 7,20/kg e a R$ 17,50/kg, respectivamente. Em relação a maio/18, a variação real para o cordeiro vivo é de alta de 9,6%, enquanto para a carne é de queda de 0,4%.