Em julho, os preços pagos pelo cordeiro vivo e pela carcaça tiveram movimentos distintos dentre os estados acompanhados pelo Cepea. Para a maior parte dos produtores, o período de entressafra e a consequentemente menor oferta de animais em peso ideal para abate sustentaram e até mesmo impulsionaram as cotações ao longo do mês. Quanto à carne, a alta nos preços foi mais limitada, devido ao baixo poder aquisitivo da população brasileira.
No Ceará, a valorização do cordeiro vivo de junho para julho foi de 14% – a mais intensa dentre os estados analisados –, com média de R$ 5,95/kg no último mês. No Paraná, a alta chegou a 8% no mesmo comparativo, a R$ 8,80/kg em julho. Apenas no Rio Grande do Sul que o movimento dos preços foi de baixa (2%), com negócios a R$ 7,63/kg. Ainda no comparativo entre junho e julho, as cotações da carcaça recuaram 10% na Bahia e 5% em Mato Grosso, a R$ 13,00/kg e a R$ 19,00/kg, respectivamente. Ao contrário do observado para o animal, no Rio Grande do Sul foi observada a valorização da carne mais expressiva, de 6%, com a média a R$ 19,00/kg no último mês.
Segundo agentes consultados pelo Cepea, a expectativa é de que a liquidez do cordeiro vivo aumente nos próximos meses, uma vez que os frigoríficos começam as programações de abates visando o atendimento da demanda típica das festas de final de ano. Além disso, no Ceará, há a expectativa de que as vendas da carne sejam impulsionadas pelo turismo local, que se intensifica no correr do segundo semestre.