Os preços médios do cordeiro vivo continuaram subindo entre setembro e outubro na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. O Rio Grande do Sul registrou a elevação mais expressiva, de 10%, seguido pelo Paraná (+3%) e por Mato Grosso do Sul (+2%). Por outro lado, os valores pagos pelos animais vivos em São Paulo recuaram 6% na mesma comparação.
A valorização do cordeiro se deve ao aumento das aquisições de frigoríficos, que buscaram formar estoques para o final do ano, época de maior demanda pela carne ovina. Além disso, mesmo com a ligeira recuperação das pastagens devido à melhora nas condições climáticas, a oferta de animais com escore corporal adequado ainda esteve baixa em outubro, elevando as cotações.
Em São Paulo, apesar do recuo nos preços do animal vivo, a carcaça ovina registrou forte valorização de 17% em outubro frente a setembro. O avanço está atrelado à firme demanda pela carne, que, por sua vez, está relacionada à flexibilização das medidas de isolamento para conter o avanço da covid-19, além da boa competitividade desta carne frente às demais (bovina, suína e de frango).
Agentes consultados pelo Cepea indicam que há incertezas quanto aos valores no final do ano. Apesar de a demanda geralmente aumentar no período, os altos preços de soja e milho, utilizados na ração, são fatores de atenção.