Em março, os preços do cordeiro vivo e da carcaça ovina registraram movimentações distintas dentre os estados acompanhados pelo Cepea. No Ceará, colaboradores relataram que a oferta de animal esteve maior, enquanto a procura pela proteína diminuiu, cenário que pressionou os valores e dificultou as negociações no correr do mês. Na Bahia, os poucos agentes ativos ao longo de março elevaram o preço médio da carcaça. Já para os estados do Centro-Sul, a liquidez do mercado foi maior, mas isso não se refletiu de forma homogênea nas cotações.
No geral, verifica-se que parte dos colaboradores consultados pelo Cepea vem praticando os mesmos preços há alguns meses. Segundo esses agentes, a concorrência com a proteína importada e a situação econômica do País são fatores que limitam reajustes expressivos nos valores do cordeiro vivo e nos da carcaça, uma vez que os consumidores tendem a não absorver preços maiores. Assim, em março, o preço médio do cordeiro vivo negociado no Ceará foi de R$ 5,23/kg e o da carcaça, de R$ 12,50/kg, retrações de 12% e de 4% frente a fevereiro e de 27% e 31% em relação a março/18, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de fevereiro/19).
De fevereiro para março, na Bahia, estado com o maior rebanho de ovinos, a carcaça valorizou-se 11%, com média de R$ 15,00/kg no último mês. Na comparação com março de 2018, verifica-se alta de 8% no preço da carne, em termos reais.
Já no Rio Grande do Sul, que reúne o segundo maior volume de animais, a cotação do cordeiro vivo teve alta de 1,5% em março, enquanto a da carcaça recuou 2%, passando, respectivamente, para R$ 6,58/kg e R$ 15,75/kg. Em relação ao mesmo período do ano passado, o preço do cordeiro sul-riograndense registra alta de 4% e o da carcaça, queda de 5%, em termos reais.