Em julho, os preços do cordeiro vivo e da carcaça, de modo geral, apresentaram movimentos diferentes. Em São Paulo, o preço do animal registrou aumento de 8,8% de junho para julho, a R$ 12,11/kg. A carcaça, por sua vez, se valorizou expressivos 12,7%, comercializada, em média, a R$ 29,30/kg em julho. Quanto ao vivo, no Paraná, a alta foi de 3,5% de junho para julho, com o animal cotado a R$ 12,30/kg. Nos estados de Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul, por outro lado, o movimento foi de estabilidade, com médias de R$ 12,00/kg e R$ 11,25/kg, respectivamente.
Já em Mato Grosso, os preços recuaram, com o animal passando de R$ 9,25/kg em junho para R$ 8,75/kg em julho, queda de 5,4%. Apesar dessa queda pontual, agentes relatam que a oferta de animais segue controlada na região. De acordo com colaboradores do Cepea, os preços elevados das principais carnes substitutas (bovina, suína e de frango) influenciaram na valorização dos produtos de origem ovina. Em julho, o preço do quilo do frango inteiro resfriado comercializado no atacado da Grande São Paulo subiu 5,8% frente a junho. Quanto aos valores das carcaças bovina e suína negociadas na mesma região, estão em patamares elevados, apesar da queda entre junho e julho. Frente ao mesmo mês de 2020, os avanços nos preços das carnes bovina e suína são de 39,5% e 14,8%, respectivamente. Além disso, agentes consultados pelo Cepea relatam que a intensificação da retomada das atividades econômicas em muitas regiões do Brasil também tem influenciado nesse cenário altista em algumas praças.