A oferta de animais para abate seguiu baixa em junho nas regiões acompanhada pelo Cepea, devido ao período de entressafra. Diante disso, os preços do cordeiro vivo subiram no mês na maior parte das praças (MT, MS, PR e RS). Entretanto, no CE e em SP a menor oferta não foi suficiente para elevar os valores do animal. Principalmente em SP, os descompassos decorrentes da paralisação dos caminhoneiros atrasaram a programação de abate, fazendo com que os negócios entre produtores e frigoríficos tivessem ritmo mais lento.
A valorização do animal na maioria das localidades, no entanto, não foi repassada à carcaça. Neste caso, os preços médios permaneceram estáveis frente ao mês anterior na maioria das regiões analisadas pelo Cepea (CE, MT, MS, PR e RS). Apenas na Bahia que a proteína se valorizou expressivos 10%, passando de R$ 13,33/kg em maio para R$ 14,67/kg em junho.
RELAÇÃO DE TROCA – O poder de compra de produtores frente ao milho, um dos principais insumos da ração, se manteve praticamente estável de maio para junho, mas caiu fortemente frente a junho do ano passado.
Em junho/18, o pecuarista paulista conseguia adquirir 13,83 quilos de milho com a venda de um quilo do cordeiro vivo, pequeno aumento de 0,14% no poder de compra frente a maio, quando comprada 13,81 quilos. Já frente a junho/17, o poder de compra cai expressivos 32%, visto que, naquele mês, a venda de um quilo de cordeiro vivo permitia a compra de 20,3 quilos de milho.
Na região de Campinas (SP), a saca de 60 kg de milho teve média de R$ 39,87 em junho, 5,2% inferior à de maio. Segundo a Equipe Grãos/Cepea, as quedas sucessivas nos preços do milho em junho/18 estiveram atreladas à retração de compradores, que estavam à espera da entrada mais efetiva do milho da segunda safra, e à maior oferta do cereal, uma vez que produtores precisavam liberar espaço nos armazéns para o recebimento da nova colheita.