Os movimentos dos preços do cordeiro vivo estiveram distintos em novembro dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse quadro se deve às diferentes condições de oferta e demanda regionais, ao comportamento do clima e à consequente qualidade nutricional dos pastos. No geral, a demanda por novos lotes de animais esteve aquecida em novembro, especialmente devido às festas do final de ano, quando o consumo dessa proteína tende a crescer em muitas regiões brasileiras. Do lado da oferta, esteve menor em São Paulo e em Mato Grosso, em decorrência do volume de chuva abaixo do esperado, contexto que limitou a recuperação e a qualidade nutricional das pastagens. Quanto ao Rio Grande do Sul e Paraná, a oferta de animais esteve acima da demanda. Assim, depois de caírem 6% em outubro, os valores médios do quilograma do cordeiro vivo tiveram forte recuperação no estado de São Paulo, registrando avanço de 26%. Em Mato Grosso, os preços subiram 7%. Já no Sul do País, as cotações do animal vivo recuaram, 6% no Rio Grande do Sul e 1% no Paraná.
CARCAÇA – Os preços da carcaça ovina recuaram 7% no estado de São Paulo em novembro. A pressão veio da oferta de animais em escore corporal abaixo do adequado. No Paraná e em Mato Grosso, os valores da carcaça seguiram estáveis de outubro para novembro. Para dezembro, agentes consultados pelo Cepea acreditam que a demanda se aqueça em algumas regiões, fundamentados nos elevados patamares de outras carnes (bovina, suína e de frango). No campo, a oferta pode se recuperar, à medida que as chuvas forem se normalizando.