O mercado de ovinos apresentou baixo volume de negociações em junho, devido à demanda enfraquecida – ainda reflexo das medidas de isolamento por conta da pandemia de covid-19. Quanto aos preços, os comportamentos para animais vivos e carne foram distintos dentre as regiões pesquisadas pelo Cepea. Os preços médios do quilograma do cordeiro vivo registraram avanços de 11,6% e 14,4% entre maio e junho nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, respectivamente. A alta foi motivada pelo período de entressafra nessas regiões em decorrência da estação seca.
Por outro lado, em São Paulo, Mato Grosso e Paraná, os preços dos cordeiros recuaram 11%, 3,9% e 0,2%, na mesma ordem. A baixa foi verificada devido à demanda pouco aquecida, apesar da oferta também restrita nessas regiões. Em relação às cotações da carcaça ovina, Paraná e São Paulo apresentaram comportamentos distintos de maio para junho, com alta de 9,6% na região paranaense, mas queda de 7,4% na segunda praça. Com o avanço da vacinação contra a covid-19, os setores de alimentação devem se reestabelecer de maneira significativa, elevando a procura pela proteína ovina e, consequentemente, sustentando os preços. Outro ponto que merece destaque é que produtores ainda sentem o peso dos custos com alimentação, devido à forte alta nos preços da soja e do milho nos últimos meses.