Em maio, os movimentos dos preços recebidos por ovinocultores, tanto do animal vivo quanto da carcaça, estiveram distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário pode ser resultado do início da entressafra da produção de carne de cordeiro, que teve reflexos diferentes entre as praças.
Enquanto para o cordeiro negociado no Ceará, Mato Grosso do Sul e Paraná, os preços caíram pressionados por dificuldades nas vendas, em Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul, a oferta reduzida de animais no período limitou as baixas. No geral, no entanto, agentes consultados pelo Cepea indicaram que as negociações estiveram em ritmo bastante lento ao longo de maio, com oferta limitada e demanda ainda tímida.
MENOR COMPETITIVIDADE – As fracas vendas da carne ovina podem estar atreladas à menor competividade desta proteína frente às mais consumidas pelo brasileiro, bovina, de frango e suína.
Na comparação com outras proteínas, em maio, o valor do quilo da carcaça ovina em São Paulo foi 122% superior ao da carcaça bovina; 554% acima ao do frango e 341% maior que o da carcaça suína. No mesmo período de 2017, a carcaça ovina era 92% mais cara do que a bovina, 417% acima da cotação do frango e 192% maior que que a carcaça suína. A menor competitividade da carne de cordeiro se deve aos menores valores praticados pelas outras carnes.