A menor disponibilidade de animais no campo e o aumento da procura doméstica, típica desse período, continuaram dando sustentação aos valores do cordeiro vivo e da carcaça na maioria das praças acompanhas pelo Cepea em outubro. Além disso, apesar do cenário econômico desafiador, a expectativa do setor é que continue se observando uma intensificação das compras por parte dos frigoríficos, devido ao possível incremento das vendas de final de ano. No Ceará, o animal vivo se valorizou 3,1% de setembro para outubro e teve média de R$ 8,25/kg no mês. Em Mato Grosso do Sul, a valorização foi de 2,2% no mesmo comparativo, com o animal negociado a 11,80/kg. No Paraná e em São Paulo, o preço ficou estável, com leve aumento de 0,2% em ambos os estados, com médias à vista do vivo de R$ 13,17/kg no mercado paranaense e R$ 12,56/kg no paulista. Nos demais estados, mesmo com a oferta restrita, a pressão dos compradores fez com que o preço do animal tivesse leve queda. Quanto à média da carcaça ovina à vista, em São Paulo, foi de R$ 31,75/kg, avanço de 2% de setembro para outubro. No Paraná, a carcaça teve média de 29,17/kg, valorização de 1,4% no mesmo comparativo.
CARNES CONCORRENTES – O movimento de alta também foi observado para a carcaça especial suína, que foi negociada a R$ 10,37/kg, em média, no atacado da Grande São Paulo, avanço de 4% em relação a setembro. O impulso veio da maior demanda por novos lotes para abate, verificada sobretudo no início do mês. Já o frango inteiro resfriado, também negociado no mercado atacadista da Grande São Paulo, se desvalorizou 3,2%, passando do patamar recorde real de R$ 8,23/kg em setembro para R$ 7,97/kg em outubro. Ressalta-se que a carne de frango se valorizou de forma consecutiva de maio a setembro deste ano, o que, por sua vez, acabou limitando a liquidez desse produto em outubro, visto que afastou parte dos demandantes, especialmente na segunda quinzena do mês. Quanto à carcaça casada bovina, a média de outubro foi de R$ 19,06/kg, 4,7%.