As despesas extras típicas de início de ano – que acabam reduzindo o poder de compra da população – limitaram a demanda pela carne de cordeiro no correr de fevereiro. Esse cenário, por sua vez, diminuiu também a procura por animais para abate na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea – a exceção foi Mato Grosso.
Vale lembrar que, tradicionalmente, a proteína tem maior valor agregado quando comparada às demais carnes (como a bovina, suína e de frnago), o que dificulta ainda mais a sua comercialização nessa época do ano.
No Ceará, apesar de o preço da carcaça ter se mantido estável de janeiro para fevereiro, a R$ 13,00/kg, o cordeiro vivo se desvalorizou 3% nesse período, com média de R$ 5,92/kg no segundo mês do ano. Colaboradores do Cepea localizados no estado relataram que, além de a demanda ter sido mais fraca, a oferta de animais foi maior no correr do mês. Dadas as condições desfavoráveis do mercado, para alguns produtores, a comercialização de cordeiro para abate passou a ser atividade secundária na geração de renda.
No estado de São Paulo, apesar de os produtores indicarem que os negócios envolvendo animais se desaceleraram no mês, tanto o cordeiro vivo quanto a carcaça se valorizaram em relação a janeiro. Entre o primeiro e o segundo mês do ano, as altas foram de 4% para o animal e de 6% para a carne, a R$ 6,48/kg e R$ 22,53/kg, na mesma ordem.
Já Mato Grosso foi o estado onde o preço do animal teve maior alta, de 11%, passando de R$ 6,50/kg em janeiro para R$ 7,20/kg em fevereiro. Colaboradores relataram que as vendas estiveram bastante aquecidas no correr do mês, com volume de negócios acima do verificado nesse mesmo período em anos anteriores.