Pelo terceiro mês seguido, o volume de negociações no mercado de ovinos foi pequeno, contexto motivado pela baixa demanda, que persiste devido aos efeitos da pandemia de covid-19. Do lado da oferta, os altos custos de insumos no primeiro trimestre de 2021 enfraqueceram o investimento na atividade, o que restringiu o número de animais em condição corporal adequada para a comercialização.
Em abril, os preços dos animais vivos se comportaram de maneira distinta dentre as principais regiões pesquisadas pelo Cepea. No Paraná e em São Paulo, os valores recuaram 2,2% e 1,5%, respectivamente, em relação ao mês anterior. Já em Mato Grosso do Sul, o quilo do animal vivo se valorizou 10,3% no mesmo período. Para a carcaça ovina, o Rio Grande do Sul registrou leve queda de 0,7% em relação a março de 2021, enquanto os valores registraram altas de 6,5% e 0,2%, respectivamente, no Paraná e em São Paulo.
No contexto atual de incertezas e preocupação com os custos de produção, produtores e compradores devem permanecer receosos quanto às negociações nos próximos meses. Por outro lado, a possível flexibilização nos serviços alimentares deve amenizar esse cenário.