A criação de emprego é um dos critérios-chave que a Reserva Federal (Fed) dos EUA usará para decidir sobre um potencial aumento da taxa de juros e outro é a inflação, mas esta mantem-se nivelada e é provável que continue assim devido ao preço baixo do petróleo. O número do emprego assalariado não-agrícola dos EUA em agosto, apresentado na semana passada, foi desapontante no entanto a taxa de desemprego caiu mais que o esperado para os 5,1%. Os dados mistos não estão evidenciando indícios concretos sob a possível decisão do Fed.
Investidores olham agora para o resultado da reunião de dois dias do Fed, na próxima semana, que termina no dia 17 de setembro, onde irá revelar a sua decisão de aumentar as taxas de juros ou de manter o rumo da política de taxas de juros zero. Se a passada retórica do Fed é de confiança, então as taxas de juros subirão de acordo com a sua orientação, o que deve ser muito bullish para o dólar americano e bearish para o ouro no curto prazo.
Os eventos na China, incerteza na Europa e algumas notícias econômicas mistas dos Estados Unidos deram recentemente um impulso ao ouro, derivado da possibilidade de que uma decisão sobre o aumento da taxa de juros nos EUA possa ser adiada até o próximo ano.
Desde o início do mês de setembro o ouro caiu mais de 1,5% e continua ainda numa fase de baixa, desde meio de maio. O ouro inicialmente caiu na sessão de ontem, mas encontrou suporte suficiente para inverter e fechar no verde, próximo do máximo do dia, com uma reduzida amplitude, criando um inside day. O estocástico evidencia um mercado sobrevendido e começa a mostrar um ligeiro impulso de alta.
É de esperar um movimento ascendente até uma resistência diária nos 1.131,65 na quebra acima do máximo do dia anterior nos 1.114,89 (cenário 1) ou uma quebra abaixo do suporte diário nos 1.098,74 poderá atirar com o metal precioso para o mínimo do ano nos 1.070,83 (cenário 2).