MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Ao longo da semana que se passou o ouro voltou a subir, sendo, inclusive, hoje cotado na abertura a US$1223 a onça, com valorização de 0,30%, mesmo com as bolsas americanas batendo novamente as suas máximas históricas.
É interessante este fator, levando em consideração que na grande maioria das vezes a correlação entre o ouro e as ações americanas é negativa, ou seja, quando um sobe o outro cai.
As bolsas americanas bateram sua máxima após bons indicadores do mercado de trabalho serem divulgados, demostrando uma melhora significativa na economia americana. No entanto, se estivéssemos em um cenário comum, de fato a onça hoje deveria estar em torno de pelo menos US$1210, então o que ocorreu?
Trump tem cumprido fielmente a agenda politica proposta em sua campanha, criticando além da China, parceiros estratégicos dos EUA, vide, as politicas imigratórias do México, e as falas polêmicas sobre Alemanha (de estar se aproveitando do euro para ter vantagens inclusive dentro da União Europeia) e Japão, com a mesma retórica de obter vantagens por meio de estratégias cambiais.
Tanto que este foco tem levado o dólar se desvalorizar diante das demais moedas internacionalmente, ou seja, o fato do ouro também se valorizar mesmo com bons indicadores, se da por que a economia não mais é diretamente o foco, estamos vivendo um momento nos EUA onde a politica se sobrepõe aos números, levando o mercado a se posicionar parte em ouro.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMFBOVESPA – R$121,00 (Fechamento 03/02 +0,82%)
DÓLAR
Apesar de o dólar se desvalorizar em seu movimento internacional, no Brasil a moeda americana teve leve alta de 0,07% fechando a R$3,1225, com mercado a espera da possibilidade do Banco Central agir no mercado de câmbio.
Logo, com este movimento de menos investidores operando vendido, a moeda americana ainda sim ao longo da semana, teve queda de 0,91% na semana.
De fato, o mercado ainda esta digerindo os reflexos da fala do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que afirmou que poderá reduzir os lotes de Swap cambial, ou seja, seria equivalente a menos dólares disponíveis no mercado futuro, o que poderia levar a alta da moeda, mas volto a afirmar, ainda é muito cedo para saber o que será feito.
Além disso, dentre os numeros americanos divulgados, o crescimento do salário médio por hora nos EUA foi de 2,5% contra 2,8% em dezembro/2016, o que impacta diretamente na perspectiva de aumento da inflação, logo diminui a possibilidade do FED aumentar os juros em março.
O mercado brasileiro esta aproveitando este momento para namorar com o mercado internacional, aumentando suas captações, no entanto, a tendência de médio longo prazo é vista como alta para o dólar, afinal a economia americana esta aquecida e chegará o momento que o FED aumentará a taxa de juros, em conjunto aos riscos políticos que temos hoje.
Hoje ao meio dia teremos o discurso do presidente do Banco Central Europeu, Draghi, onde o mercado estará atrás de pistas que mostrem algum tipo de alteração em sua estratégia
Já ao longo da semana, com agenda economica mais fraca, o foco será total no que o Tio Trump terá a dizer e fazer.