- Nos EUA, os dados econômicos foram decepcionantes, mas, na zona do euro, a atividade acabou sendo positiva.
- O ouro precisa registrar uma correção saudável para voltar a subir e romper importantes zonas de resistência.
- No curto prazo, um recuo para a região de 1.845-1.876 indicaria que o metal precioso pode repicar.
Embora os mercados globais tenham mudado brevemente de opinião na semana passada, não houve uma deterioração das expectativas gerais.
Os dados econômicos dos EUA não foram bons. Em particular, a desaceleração da produção industrial, o enfraquecimento da manufatura e a queda dos gastos mostraram que ainda persistem as dificuldades de crescimento.
Na zona do euro, onde houve uma deterioração no segundo semestre de 2022, os últimos dados surpreenderam positivamente. O melhor cenário para a região seria a duração dos estoques de energia durante o atual inverno. Graças ao clima ameno, tudo indica que a estação fria passará sem problemas.
Embora os riscos geopolíticos tenham ficado em segundo plano, não se podem perder de vista as advertências feitas pela Rússia para fevereiro. Enquanto os preços da energia tiveram protagonismo em 2022, os indicativos são de que os preços dos alimentos assumirão o centro do palco neste ano, sobretudo a partir da primavera europeia, o que pode acabar favorecendo a inflação global.
O período de maio a novembro foi quando o Fed elevou suas taxas de juros de maneira agressiva. A partir de novembro, a situação mudou, e o ouro apagou as perdas de 8 meses em apenas 5 semanas, voltando a superar a marca de US$ 1.900.
Por enquanto, não é possível vislumbrar qualquer obstáculo para os preços nas próximas cinco semanas, mas, à medida que o temor de uma recessão vai perdendo força, o ritmo de avanço do metal precioso pode cair. Os dados que serão divulgados devem determinar a direção do ouro nos próximos meses.
Perspectiva técnica para o ouro
O ouro fechou a semana passada acima de US$ 1.920, mas a correção dos últimos dias não foi tão profunda quanto se esperava. Uma correção saudável é crucial para que o ouro suba no longo prazo. Se o recuo ocorrer, a cotação do metal pode ter um repique ainda mais forte.
Desde que o suporte a US$ 1876 seja mantido, o avanço em direção a 1980 é o alvo mais provável. No curto prazo, um recuo para a região de 1.845-1.876 indicará que o metal precioso pode repicar.
Aviso: O autor não possui atualmente qualquer posição nos ativos mencionados.