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Ouro e prata se recuperaram diante da incerteza gerada pelo entre Israel e Gaza.
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Mas os investidores que esperam uma nova onda de valorização precisarão de paciência.
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Ambos os ativos estão sujeitos a pressões de baixa no curto prazo.
Desde maio, o ouro e a prata registram tendência de baixa, principalmente devido à postura restritiva do Federal Reserve, que elevou as taxas de juros de longo prazo, fortalecendo o dólar.
Recentemente, a liquidação se intensificou, levando o ouro a testar um importante suporte técnico em torno de US$ 1810 por onça.
No entanto, a tendência de baixa foi interrompida parcialmente pela escalada das tensões entre Israel e o Hamas, que gerou uma maior procura por ativos seguros. Se o conflito se agravar e provocar mais instabilidade no Oriente Médio, é provável que os metais preciosos atraiam mais compradores.
Ainda assim, uma recuperação sustentada dos metais preciosos pode levar algum tempo, especialmente com as taxas de juros americanas ainda em patamares elevados.
Ouro: Recuperação Perde Força Após Testar Suporte
O impulso recente do ouro, a partir da zona de demanda em US$ 1810 por onça, perdeu força, mas ainda há espaço para mais alta. No momento, os compradores têm seu foco na resistência em torno de US$ 1910 por onça.
No curto e médio prazo, um novo ataque a US$ 2.000 por onça pode ser desafiador, pois o Fed não está considerando iniciar um ciclo de afrouxamento monetário tão cedo. A probabilidade de um corte nas taxas de juros do Federal Reserve está atualmente prevista para junho do próximo ano.
Prata: Recuperação do Metal Cinza é Sustentável?
Os preços da prata estão passando por uma situação semelhante aos do ouro, com um movimento ascendente impulsionado pela demanda que recentemente perdeu um pouco de ímpeto.
A formação de um padrão de triângulo sugere um possível rompimento para cima, tornando um cenário de alta altamente provável.
O cenário-base é um ataque à área de resistência claramente definida na região de US$ 22,50 por onça.
Um cenário de baixa potencial para a prata é uma queda para pelo menos US$ 21,50 por onça. No entanto, a longo prazo, espera-se que a prata tenha um significativo potencial de valorização devido à demanda crescente, principalmente de fontes de energia renovável, juntamente com um potencial de oferta limitada.
Bancos Centrais Buscam Aumentar as Reservas de Ouro
Enquanto isso, os bancos centrais vêm aumentando constantemente suas reservas de ouro desde cerca de 2010. Suas compras deste ativo são motivadas pelo desejo de diversificar suas participações, fortalecer a credibilidade de suas instituições e reforçar a segurança geral do sistema financeiro.
O ouro é considerado um ativo seguro que pode ser facilmente liquidado quando necessário. Atualmente, os países com as maiores reservas de ouro no mundo incluem os Estados Unidos, Alemanha, Itália, França e Rússia. No entanto, de acordo com dados do segundo trimestre deste ano, Polônia, com 48,41 toneladas de ouro, e China, com 45,1 toneladas, lideram em termos de aumento de suas reservas de ouro.
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Aviso: O autor não possui posições nos ativos mencionados. Este conteúdo tem fins exclusivamente informativos e não deve ser considerado como recomendação financeira.