MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Após encostar-se a US$1205, onça perde um pouco de sua força, em um movimento de ajuste, e abre o dia de hoje repousando sobre o suporte de US$1195, o que representa aproximadamente US$38,40 o grama do ouro.
O metal desacelerou sua alta ontem conforme a Arábia Saudita anunciava um novo corte na produção, no intuito de manter a alta do petróleo, que sofreu nos últimos dias com as novas indicações de maiores estoques. Difícil acreditar que esta alta se mantenha por muito tempo, afinal estoque é custo, além de que esta commodity, para alguns países é a principal fonte de recursos, fazendo com que toda uma economia dependa da venda deste produto, logo, caso os estoques continuem a subir, a OPEP terá que ter muita força, principalmente Arábia Saudita, para manter o planejamento de corte.
A alta do ouro esta totalmente sensível a forma como Trump conduzirá principalmente a sua fala, o que inclusive é desafiador, tendo em vista que a sua política externa tem sido regida por poucos caracteres, como já vimos ele por varias vezes fazendo declarações pelo Twitter.
Além disso, as tensões geopolíticas entre China e EUA estão aumentando, com as declarações da nova equipe de Trump.
Portanto, a escalada do ouro esta fundamentada proporcionalmente ao aumento da imprevisibilidade da tomada de decisão americana.
MERCADO NACIONAL - OURO
BM&FBOVESPA– R$120,80 (Fechamento 12/01 -0,41%)
DÓLAR
Dólar fechou ontem a R$3,1750 com desvalorização de 0,55% atingindo menor patamar desde novembro de 2016.
Conforme tem ocorrido nos ultimos dias, nem o corte de 0,75 pontos na taxa SELIC fez o real descolar do movimento no exterior de desvalorização do dólar, com investidores reduzindo suas proteções frente a alta da moeda americana, já que mesmo após coletiva da imprensa, ainda não ficou claro quais serão as medidas economicas efetivas do novo presidente americano.
O corte na taxa de juros no Brasil não trouxe grandes impactos as operações com a moeda, tendo em vista que a taxa brasileira ainda fica no Top 3 de juros mais altos do mundo. Além disso, as captações externas realizadas pelas empresas brasileiras ainda ecoa pelo mercado, gerando expectativa de maior fluxo de capital ao país.
Para hoje, teremos uma série de indicadores importantes americanos: Vendas do Varejo e PPI Core (11:30 – EUA), e as 13:00 Confiança do Consumidor e Estoques de
Negócios, numeros estes que darão pistas sobre os próximos passos da economia americana.
Considerando a desvalorização atual em conjunto a possibilidade de divulgação de bons numeros americanos, é possível que o dólar valorize hoje como ajuste perante o real.