MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Ouro segue sofrendo pressão de venda no exterior a cada mínimo fator que fortalece maiores possibilidades de maiores aumentos de juros americanos para o próximo ano.
Ao longo do pregão de ontem onça chegou a testar níveis próximos de seu suporte de US$1160, com o acordo do corte do petróleo, o qual desdobramento, o mercado entende ser perspectiva do aumento dos juros americano em decorrência da inflação que virá com o governo Trump.
Consequentemente, a onça bate seu preço de dez meses atrás devolvendo grande parte da alta vista ao longo do ano de 2016, até que, o resultado das eleições americanas atrelado ao pleno emprego que vem se estabelecendo no país, levou o ouro a recuar, mas ainda a não zerar seus ganhos, já que no primeiro dia deste ano, a onça era cotada na casa de US$1060, logo, ainda há uma rentabilidade do período a ser observada.
Além disso, com a demanda dos emergentes enfraquecida, vide Índia, que passa por um momento de desaceleração econômica, diminuindo volumes de compra de ouro, em conjunto ao movimento da venda da posição em metal, para compra de títulos públicos americano, também pressiona o metal para baixo.
Por outro lado, as mineradoras podem controlar suas ofertas a ponto de vender somente as reservas necessárias para pagar suas despesas, esperando um preço mais oportuno para realizar o seu lucro, prática essa comum no mercado, logo, a menor oferta poderá contrabalancear a desaceleração da demanda física por ouro.
Olhos ainda atentos ao referendo da Itália, pois, caso as medidas de austeridade (controle de gastos) não forem aprovadas, Matteo Renzi, primeiro ministro italiano, já anunciou que deixará o cargo, dando lugar, provavelmente, a uma futura representação de uma frente populista, que sem dúvida defenderá a saída da Itália do bloco europeu, trazendo assim maior instabilidade econômica na região, logo, dependendo do resultado de domingo, poderemos ver a onça realizando um movimento de alta, ao menos no curtíssimo prazo.
No início do pregão de hoje, onça inicia acima de US$1170 com pequena valorização de 0,20%.
MERCADO NACIONAL - OURO
BM&FBOVESPA– R$129,50 (Fechamento 01/12 1,97%)
DÓLAR
Ontem foi um dia agitado para o dólar, com alta de 2,35% fechando a R$3,4670, atingindo o maior patamar nos ultimos 4 meses, com aversão ao risco internacional, além das preocupações relacionadas ao momento político que o Brasil esta vivendo.
Caso a volatilidade continue a ponto de impulsionar rapidamente o dólar para uma maior valorização, poderemos ver, sem dúvida, o Banco Central do Brasil entrando no mercado para corrigir aquilo que ele chama de “distorção”, ou seja, picos de ansiedade do mercado, em que o Banco entende que esta havendo um exagero na precificação da moeda americana.
Já em relação ao cenário internacional, o foco esteve no acordo da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para corte de produção, colocando o barril no rumo imediato acima dos US$50, o que gera uma expectativa maior de aumento da inflação americana para o próximo ano, que já contará com gastos públicos por parte do governo.
Portanto, com perspectiva de alta da inflação, é esperado aumento da taxa de juros americana para que haja controle dos preços.
Para hoje expectativa maior será a divulgação dos números de vagas de trabalho e taxa de desemprego de novembro (EUA) que será passado ao mercado as 11:30.
Caso os números venham acima da expectativa, o que é provável, teremosuma valorização maior do dólar, nos resta observar se o Banco Central não entrará derrubando os preços.