MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Após 5 dias estacionados na flutuação de US$1198 a US$1205 onça estoura no momento da divulgação da decisão da politica monetária americana de elevação dos juros, atingindo em 1h valorização de US$1202 para US$1216 (+1,16%), fechando o dia a US$1225, com uma surpreendente valorização de 1,91% no dia.
O aumento dos juros já era esperado e inclusive já estava precificado na onça, o qual ficou estacionada nos US$1200 nos últimos dias, após divulgação de bons indicadores relacionados ao mercado de trabalho.
No entanto, a forma como foi feita o aumento dos juros, com um membro do comitê votando contra, e Yellen, presidente do FED, posicionando o mercado de que haverá mais dois aumentos de juros, enquanto algumas casas de analise acreditavam até em quatro aumentos, mostraram que o aumento expressivo do juros não é consensual, e que a palavra da vez é “gradual”, ou seja, sim haverão os aumentos, mas não na velocidade que o mercado esperasse.
Este fator deu um momento de luz ao ouro que demostrou força de explosão de volatilidade com uma alta expressiva.
No entanto, precisamos avaliar agora minunciosamente os dois dias que virão a seguir, na medida que novos indicadores econômicos americanos serão divulgados, e se positivos, o quanto a onça sustentará a sua alta.
Por fim, vale ressaltar que a eleição parlamentar holandesa não deu vez para o anti-União Europeia, e agora, mercado estará de olhos atentos na eleição francesa.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMFBOVESPA– R$121,00 (Fechamento 15/03 -0,65%)
DÓLAR
Dólar fechou o dia a R$3,11 com recuo de 2% sofrendo a maior queda intraday dos últimos seis meses, o que representou este movimento?
Primeiramente, falando dos fatores esperados, ontem FED subiu a taxa de juros para 0,75% - 1%, sinalizando ainda mais duas altas ao longo do ano, enquanto ainda se acreditava que dependendo dos resultados americanos poderíamos chegar até a mais quatro altas.
Portanto, o aperto monetário como o mercado espera, talvez não seja tão apertado assim, já que houve, inclusive voto contra a elevação.
De fato, o movimento de realização em cima do dólar e desvalorização da moeda já era esperado após a confirmação da notícia, no entanto, algo inesperado ocorreu, a agência de risco Moody’s subiu o rating do Brasil de Negativo para Estável, baseado nos sinais de melhora de inflação além das reformas fiscais propostas, surpreendendo o mercado, que não esperava este movimento já para este ano.
Sem dúvida este fator impulsionou ainda mais a queda do dólar, já nas ações, talvez o reflexo não seja tão grande, tendo em vista que o mercado já vinha precificando um otimismo sem resultados a tempo.
Para hoje mercado deverá refletir os desdobramentos da divulgação da Lista do Janot e derrota no STF em relação ao PIS/COFINS que levará a perda fiscal de r$20 bilhões, enquanto no cenário internacional, além da divulgação do FOMC e Moody´s teremos alguns indicadores relevantes, vide Fed Filadélfia e Pedidos de Seguro-Desemprego.