Nosso querido ouro, acumula na Onça Troy (cotação internacional da commodity) um ganho acumulado na faixa de 15% no ano de 2019, muito devido a questões geopolíticas, principalmente no que se refere ao acordo comercial dos EUA-CHINA, que ao ser estabelecido parcialmente, já demonstra ao mercado que há um caminho de convergência entre as partes, no entanto, não se enganem, essa etapa parcial já está precificada no mercado.
O grande fato é que, apesar de os ânimos terem se acalmado um pouco, nitidamente ainda há uma tendência ao apetite da proteção ao risco, ao que os americanos chamam de “Safe-Heaven Investment”, logo o mercado vem flutuando sem quebrar sua tendência de alta. Hoje, por exemplo, ao testar o suporte de US$ 1475,00, a onça rapidamente se recuperou, oscilando a níveis de US$ 1477,00 e permanecendo no fechamento em cima deste suporte.
O ouro precisa voltar a buscar patamares na casa de US$ 1500 para sair da lateralidade gráfica em que se encontra, devendo romper primeiramente o nível de US$ 1485 e avançar patamares acima de US$ 1490, o que já demostraria a força de rompimento da resistência a US$ 1500,00.
Por outro lado, o rompimento de um suporte abaixo de US$ 1470, pode levar rapidamente o ouro a patamares de US$ 1450, principalmente passando US$ 1465, logo, olho nesses preços!
Já em terras brasileiras, o Ibovespa fechou em alta de 0,60%, assim como os principais índices e bolsa americana fecharam em alta, assim como as asiáticas, enquanto as europeias já não tiveram o mesmo ritmo, devido ao ganho de força do Brexit, mesmo que talvez em uma versão mais “Soft”.
O dólar fecha em leve alta, mas ainda segue o otimismo com a recuperação da economia brasileira, o que vem trazendo novos fluxos de investimento, além do cenário econômico externo favorável, fazendo com que o dólar feche nos patamares de R$ 4,0630, levando a paridade do nosso ouro a R$ 192,70, o que ainda é um patamar bem agradável aos olhos das mineradoras e investidores que iniciaram o ano na faixa de R$ 155.00 e subindo mais de 23% ao longo do ano.
Entre acordo parcial EUA-CHINA e consolidação de uma via para o Brexit, em somatório as recentes decisões do FED, o ouro, inevitavelmente, terá um ótimo desempenho no ano de 2019.