MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Este ano apresentou uma variação muito interessante na onça troy, que teve sua abertura em 2016 cotada a US$1060.
Desde o inicio do ano tivemos um forte rali que levou o mercado a valorizar 30% em quase seis meses, devido ao baixo crescimento econômico e incertezas políticas que pairavam a América, Europa e Ásia.
No entanto, após atingir o seu pico no meio do ano, a onça passou a desvalorizar substancialmente, principalmente após as eleições americanas, tendo a onça cotada agora a US$1133 na manhã de hoje, o que representa uma desvalorização em referência ao seu pico, mas no ano ainda bate valorização de 6,88%.
Graficamente isto é muito importante, pois desde 2011, quando o ouro bateu níveis próximos de US$1900 na onça, ele vem se desvalorizando ano após ano, já em 2016, esta sequência foi quebrada.
Podemos já nos dotar de otimismo? Ainda não, pois precisamos avaliar os fundamentos desta perspectiva econômica, que por enquanto, no cenário internacional, se restringem a atividade econômica dos EUA.
No mercado interno, após romper os R$122, ouro já bateu rapidamente em seu próximo suporte de R$118. Caso o dólar continue a cair rumo abaixo de R$3,25, ouro poderá estar a caminho do seu próximo suporte de R$112.
Com o mercado parado nesta semana, o metal estará a deriva da oscilação da moeda americana.
MERCADO NACIONAL - OURO
BM&FBOVESPA– R$117,70 (Fechamento 23/12 -1,51%)
DÓLAR
Dólar cai 0,90% na ultima sexta-feira seguindo movimento do exterior de pequeño reajuste das posições vendidas em moedas emergentes, fechando a semana em R$3,27, batendo patamar antes visto no inicio de novembro deste ano.
Já no mercado interno, o fluxo de entrada de capital no país para realização de fusões e aquisições em diversas areas de negócio, vide pré-sal da Petrobras (SA:PETR4), Hypermarcas (SA:HYPE3) e CPFL Energia (SA:CPFE3), atrelado ao menor movimento de remessa de lucro ao exterior, tendo em vista os baixos resultados deste ano, levaram o mercado a intensificar ainda mais a valorização do real perante a moeda americana.
Outro ponto que podemos destacar é o anúncio do pacote de medidas do governo para incentivar a economia envolvendo FGTS, reforma trabalhista e redução dos juros do cartão de crédito.
A semana deverá ser de baixo volume com o mercado na semana entre os principais feriados do ano, que levam muitas atividades economicas a férias coletivas.
Consequemente, haverão poucos indicadores para esta semana, além do cenário politico interno congelado devido ao recesso, logo, a flutuação de preço deverá ser amena.
No entanto, há quem aposte que com a paradeira geral nesta semana, dólar poderá flutuar com maior desvalorização abaixo de R$3,25.