MERCADO INTERNACIONAL - OURO
O dia de ontem demonstrou nitidamente que estamos vivendo em uma nova fase, onde a vontade de ganhar é maior do que o medo de perder.
Este novo fator é fruto de anos após anos de recessão e baixo crescimento econômico, o qual esta levando a uma onda de populismo onde o importante será o quanto a economia poderá crescer em termos quantitativos, mas não qualitativos.
Isto pode ser facilmente notado quando vemos um mercado se valorizar após o referendo da Itália ter sido rejeitado pela população, mostrando maiores fragilidades no bloco econômico europeu. Isto vai ser de fato sentido no ano que vem, com as eleições da França, Alemanha e Holanda.
Portanto, a queda do ouro hoje pode representar um bom investimento para aqueles que pensam no longo prazo, pois a tendência de baixa hoje vai se reverter, assim que o mercado perceber a situação que está negligenciando.
Enquanto mercado não precifica os desdobramentos da mais nova onda populista mundial, onça segue estável em seu suporte de US$1160, cotado no momento a US$1170 com pequena valorização de 0,10% ao longo do pregão asiático e europeu.
Para dia de hoje, olhos nos números americanos de Produtividade e Custos (11:30) e Encomendas à Indústria (13:00) – EUA, sendo foco maior ainda para esta semana fala do Banco Central Europeu.
MERCADO NACIONAL - OURO
BM&FBOVESPA – R$128,70 (Fechamento 05/12 -1,37%)
DÓLAR
Dólar fechou a R$3,43 com desvalorização de 1,20% corrigindo após forte semana de alta, acompanhando movimentação internacional, após passada tensão internacional relacionada ao referendo italiano.
Já no cenário interno, a preocupação estava relacionada aos protestos de domingo, que ao não focar no presidente Michel Temer, o mercado entendeu que as reformas economicas não estavam em risco. Por outro lado, Renan Calheiros foi afastado do Senado pelo judiciário, entrando na presidência agora senador do PT, que por sua vez é contrário a PEC do teto dos gastos, podendo atrasar a já esperada aprovação, mas não podendo impedir, tendo em vista que a maioria do senado é da base aliada.
Enquanto não sabemos se haverá algum impacto na votação da PEC dos gastos do dia 13 de dezembro, o governo apresentou ontem a proposta da reforma da previdência, inclusive com Temer elogiando e protegendo fortemente a sua equipe econômica, principalmente Henrique Meirelles,que vem sendo criticado pela perspectiva de fraca recuperação economica para o ano de 2017, logo, podemos ver facilmente que o temor do cenário político segue dominando a pauta brasileira.
Para hoje, além dos números americanos, foco será totalmente na pauta política interna, que terá seu primeiro dia pós-Renan Calheiros, o que representa a possibilidade de atraso na votação da PEC dos gastos, devendo fazer a moeda subir na tentativa de alcançar novamente R$3,45.