Como citamos há semanas, a volatilidade marca períodos de informação assimétrica e a imponderabilidade dos eventos de caráter militar, o que se encaixa perfeitamente com as sessões observadas de mercado financeiro nos últimos dias, seguindo as informações das diversas fontes que marcam o evento.
Hoje se iniciam as reuniões do COPOM e do FOMC, ambas com o desafio de equilibrar esta assimetria de informações, com uma inflação corrente elevada, perspectivas de não cumprimento das metas do próximo ano e evitar um colapso de suas economias, com taxas excessivamente altas.
Para completar tal cenário, a possibilidade de novos lockdowns na China cresce e traz de volta o ‘fantasma’ da inflação ao atacado, como a ser observada no PPI de hoje e os temores de que o choque de oferta se prolongue mais do que já afeta ao mundo.
Para ambos os Bancos Centrais, os desafios são diferentes, pois se de um lado existe o Fed com enorme leniência com a inflação e má vontade em promover um aperto conciso de juros, combinado com a retirada dos estímulos diversos na economia americana.
Do outro nosso BC, na vanguarda do aperto monetário, com a taxa brasileira pagando o melhor juro real do mundo e a nominal em território francamente contracionista, precisa equilibrar os sinais de movimentos futuros para debelar uma inflação que não responde necessariamente a mais apertos de juros.
O trabalho de um formulador de política monetária raramente é fácil, porém em tempos desafiadores como os atuais e a adoção anterior movimentos de juros questionáveis para ambos os lados, a situação fica especialmente difícil.
Mantemos a projeção de uma alta de 25 bp para o Fed e 100 bp para o BCB, porém o que importa é aquilo que ambos devem sinalizar para o futuro dos juros e seus impactos macroeconômicos.
O cenário de incertezas se avoluma para desafiar o intelecto dos banqueiros centrais, com China, Irã, Rússia, Ucrânia, OPEP, inflação, choque de ofertas, política interna, eleições e tudo mais.
Cave idus martias, já se dizia, há exatos 2066 anos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com misseis atingindo a capital ucraniana.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, reagindo aos eventos geopolíticos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálica, quedas, exceção ao paládio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com temores de menor demanda chinesa, dados os novos lockdowns.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,96%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1201 / 0,90 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,548%
Dólar / Yen : ¥ 117,96 / -0,212%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,285%
Dólar Fut. (1 m) : 5160,14 / 1,53 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,28 % aa (1,88%)
DI - Janeiro 24: 13,21 % aa (1,69%)
DI - Janeiro 26: 12,50 % aa (2,04%)
DI - Janeiro 27: 12,50 % aa (2,38%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5983% / 109.928 pontos
Dow Jones: 0,0032% / 32.945 pontos
Nasdaq: -2,0445% / 12.581 pontos
Nikkei: 0,15% / 25.346 pontos
Hang Seng: -5,72% / 18.415 pontos
ASX 200: -0,73% / 7.097 pontos
ABERTURA
DAX: -1,771% / 13682,50 pontos
CAC 40: -1,783% / 6256,36 pontos
FTSE: -1,260% / 7102,84 pontos
Ibov. Fut.: -1,56% / 110828,00 pontos
S&P Fut.: -0,18% / 4164,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,130% / 13038,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -2,07% / 121,24 ptos
Petróleo WTI: -6,01% / $96,82
Petróleo Brent: -5,83% / $100,67
Ouro: -1,00% / $1.928,99
Minério de Ferro: -2,86% / $150,11
Soja: -1,33% / $1.648,00
Milho: -1,00% / $739,00
Café: -1,48% / $219,65
Açúcar: -1,52% / $18,78