Os “boatos” que viraram fato dominam as atenções dos investidores, com a indicação por lula de Mercadante ao BNDES e a mudança na câmara da lei das estatais para permitir que o mesmo não se submeta à devida quarentena para poder assumir o cargo.
Além disso, sem grandes surpresas, observamos o presidente eleito acabar com quaisquer chances de novas privatizações no Brasil, ou seja, os Correios já terão seu processo interrompido e a Petrobras (BVMF:PETR4) volta mais pesadamente às mãos do estado.
Para os membros do mercado financeiro que julgavam que o novo governo seria pragmático e muito semelhante ao primeiro mandato de 2002, as decepções se acumulam e toda torcida se converte na realidade de que tudo está se voltando às características do mandato de Dilma.
Nomes como Esther Dwek, ex-secretária do orçamento de Dilma e Gabriel Galípolo, o qual, ainda que tenha presidido o Banco Fator, escreveu livro com Beluzzo, tradicionalmente alinhado à visão desenvolvimentista ou heterodoxa econômica, ou seja, não são boas indicações.
A esperança fica por conta de Bernard Appy e o avanço da PEC 45 da reforma tributária, a qual já citamos anteriormente aqui, pois possui a melhor alteração e desburocratização de impostos, só peca pelo tempo excessivo de transição, algo que sabemos é passível de alterações no Brasil.
No mais, as atenções hoje se voltam às inflações no Reino Unido abaixo das expectativas, assim como o CPI nos EUA ontem e como isso pode influenciar as decisões de juros daqui para frente.
Com tais números, esperam-se mudanças nas conduções, ou ao menos indicações, da política monetária do FOMC, BoE e BCE, com redução no ritmo de altas de juros e o término do aperto no primeiro quartil de 2023.
O problema de tal redução de pressões inflacionária é que parte significativa delas vem da redução recente do preço internacional do petróleo, se mantendo abaixo de US$ 85 o barril tanto em Londres, quanto em Nova York e reduzindo em partes o custo energético e de transportes.
A questão é que o preço do petróleo está errado, para baixo, considerando todos os eventos ainda presentes no mundo e o ataque a este modal energético pelo ESG.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelas decisões do FOMC, BoE e BCE.
Em Ásia-Pacífico, mercados seguindo o dia positivo das bolsas no exterior e na expectativa pelos BCs.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, leve alta no minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, mesmo com o aumento dos estoques surpreendendo nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,62%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3046 / 0,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,282%
Dólar / Yen : ¥ 134,78 / -0,597%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,267%
Dólar Fut. (1 m) : 5316,43 / -0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,87 % aa (0,90%)
DI - Janeiro 24: 14,07 % aa (0,62%)
DI - Janeiro 26: 13,45 % aa (1,90%)
DI - Janeiro 27: 13,36 % aa (1,82%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,7122% / 103.540 pontos
Dow Jones: 0,3047% / 34.109 pontos
Nasdaq: 1,0147% / 11.257 pontos
Nikkei: 0,72% / 28.156 pontos
Hang Seng: 0,39% / 19.673 pontos
ASX 200: 0,67% / 7.251 pontos
ABERTURA
DAX: -0,698% / 14396,66 pontos
CAC 40: -0,681% / 6699,06 pontos
FTSE: -0,338% / 7477,50 pontos
Ibov. Fut.: -1,79% / 103364,00 pontos
S&P Fut.: 0,02% / 4023,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,034% / 11836,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,50% / 114,39 ptos
Petróleo WTI: 0,76% / $75,96
Petróleo Brent: 0,66% / $81,21
Ouro: -0,13% / $1.808,40
Minério de Ferro: -0,12% / $108,75
Soja: -0,59% / $1.471,25
Milho: -0,74% / $639,00
Café: 0,48% / $167,15
Açúcar: -0,61% / $19,63