O Orçamento de 2021 finalmente foi sancionado esta semana depois de alguns meses de discussão sem que se chegasse a um denominador comum. O texto publicado no último dia 22 modifica a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e retira da meta fiscal os créditos extraordinários oriundos do enfrentamento à pandemia.
Com as novas diretrizes, o governo pode deixar cerca de R$100 bilhões de fora da meta fiscal deste ano. Caso o texto fosse aprovado sem os cortes com despesas emergenciais, o Governo poderia correr o risco de cometer crime de responsabilidade.
Isto porque a LDO 2021 permitirá que o Executivo corte despesas discricionárias por decreto para garantir o atendimento à totalidade das despesas obrigatórias. Além disso, esta autorização trará maior agilidade para a realocação de recursos do orçamento.
Neste sentido, o mercado tende a reagir de forma positiva, pois, em tese, o país tirou o risco de quebrar ou flexibilizar o teto sem contrapartidas. Quando há esta certeza de que movimentos irresponsáveis não ocorrerão, a sequência lógica é que a exigência de prêmio seja menor por parte dos investidores.
E isto gera um ciclo virtuoso muito interessante, já que também resulta em custo de dívida mais baixo, abrindo a possibilidade para outros movimentos fiscais que ajudem o país a crescer de forma sustentável.
Desta forma, a tendência é que a volatilidade dos mercados seja reduzida e a curva de juros se comporte de forma mais amena.
O investimento em bolsa pode ser interessante neste momento, mas é preciso ficar atento aos próximos movimentos do Governo e do Congresso. Por outro lado, ainda estamos em meio à pandemia e novos lockdowns podem afetar os mercados.
Se você não sabe como se proteger, sugiro que leia alguns dos meus artigos. Neles, eu tento trazer, de forma didática, algumas ideias para que os leitores possam investir melhor. Bons negócios!