Ao longo desta semana tivemos vários questionamentos acerca da Oi (SA:OIBR3; SA:OIBR4), uma das participantes da nossa carteira.
Eles refletem, basicamente, uma tendência muito comum que observamos no investidor pessoa física: o desejo de querer ir atrás das coisas depois que elas já subiram de preço.
De querer ir atrás depois que os avanços foram aparecendo e as teses começaram a se concretizar.
E aí, adivinha só: a margem de segurança para novos aportes já não é mais tão atrativa como antes, quando tudo ainda estava para acontecer e mais incertezas existiam no radar sobre as evoluções a serem conquistadas.
Do ponto de vista operacional, entendemos que a empresa vem avançando relativamente bem. A Companhia vem apresentando avanços em fibra e a venda de ativos parece estar no caminho.
Mas será que já temos tudo bem resolvido? Ainda não! Faltam os leilões dos principais ativos que a Companhia está mirando vender; o próximo deles (Oi Móvel) deve ocorrer já na próxima semana. Além disso, a operação remanescente precisa virar e começar a gerar caixa.
Fazendo uma analogia bem simples, a tese de Oi é basicamente uma maratona em percurso: ainda faltam etapas para terminar a corrida e um monte de coisa pode acontecer no meio do caminho, mas por ora seguimos correndo no pace esperado, “sem quebrar”– corredores entenderão.
Ainda contamos, sim, com alguns riscos no negócio. Por isso privilegiamos muito comprar com margem de segurança e, nessas horas, a disciplina operacional é muito importante.
Busque sempre entender os negócios a fundo e procure por boas oportunidades nos níveis atuais de preço, ao invés de querer sair correndo atrás do que está subindo.
Forte abraço.