Os preços do café robusta seguem em alta no mercado brasileiro.
Nessa quarta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 418,58/saca de 60 kg, aumento de 4,8% na parcial deste mês e patamar recorde, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI), da série de preços mensal do Cepea, iniciada em 2011.
Na semana (entre 20 e 27 de julho), o aumento foi de 1,16%.
Agentes consultados pelo Cepea indicam que não há fundamento de baixa no curto prazo, visto que a colheita está praticamente finalizada e a oferta, restrita.
Mesmo com as altas nos preços, a liquidez está baixa, com negociações ocorrendo de forma pontual e envolvendo pequenos lotes.
Segundo colaboradores do Cepea, a oferta reduzida tem feito com que compradores de robusta (em geral, as indústrias) tentem adquirir o grão diretamente no interior do Espírito Santo, limitando o volume de café que chega à capital Vitória para prova.
Para compor os blends, indústrias também têm aumentado a procura por cafés arábicas mais fracos, como 600 e 800 defeitos, e pelo arábica tipo 7 (bebida rio).
BOI: Nova disparada no preço do milho desanima confinador
Até junho, a expectativa de colaboradores do Cepea era de que, mesmo com a redução no número de animais no primeiro giro do confinamento, a colheita da segunda safra de milho poderia estimular pecuaristas a ampliar a quantidade de animais nos próximos lotes para engorda.
No começo do mês passado, de fato, a colheita pressionou os valores do milho, que despencaram mais de 20% em muitas regiões brasileiras.
No correr de julho, no entanto, os valores do cereal voltaram a subir e já recuperaram boa parte das quedas (a alta já passa dos 16%), cenário que vem desanimando confinadores.
Os preços da arroba do boi gordo, por sua vez, se mantêm praticamente estáveis no mercado físico nacional.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo registrou queda de 0,77% na parcial de julho, passando para R$ 154,35 nessa quarta-feira, 27.
Diante disso, agentes consultados pelo Cepea relatam, agora, que pode haver redução expressiva no número de animais confinados, queda que pode influenciar as cotações da arroba de boi gordo e, consequentemente, as da carne.(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
SUÍNOS: Preços do vivo e da carne caem em julho
Os preços médios reais do suíno vivo e das carcaças comum e especial em julho são os menores para o período desde 2013 em praticamente todos os estados pesquisados pelo Cepea.
Já as cotações reais do milho e do farelo de soja, principais insumos da atividade, são as maiores desde 2009 e 2011, respectivamente.
Assim, suinocultores vêm amargando prejuízos, sem expectativa de melhora no curto prazo.
Segundo pesquisadores do Cepea, parte das indústrias tem tentado driblar os altos custos, pressionando as cotações do suíno vivo ou focando em vendas para o mercado externo.
Em São Paulo, o preço médio do suíno posto no frigorífico negociado em julho (até o dia 27) foi de R$ 3,48/kg, baixa de 13,6% frente à média de junho.
No atacado da Grande São Paulo, as carcaças especial e comum suínas foram negociadas a preços médios de R$ 5,50/kg e de R$ 5,21/kg, nessa ordem, em julho (até o dia 27), recuos de 11,9% e 12,5%, respectivamente.
(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)