Os valores da soja em grão e do farelo seguem em alta no mercado nacional, atingindo os maiores patamares reais desde dezembro/12. O Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), teve alta de 1,7% entre 2 e 9 de junho, fechando a R$ 96,30/saca de 60 kg na quinta-feira. Além da intensa demanda por soja brasileira neste ano, os preços elevados são reflexos das condições climáticas desfavoráveis ao cultivo da oleaginosa no Brasil e na Argentina, que resultaram em menor produção e queda na qualidade do grão na safra 2015/16. De janeiro a maio deste ano, o Brasil exportou para a China 23,66 milhões de toneladas de soja em grão, segundo dados da Secex. Esse volume supera em 5,5% a quantidade embarcada pelo Brasil nos primeiros cinco meses de 2015 para todos os destinos (de 22,43 milhões de toneladas).
MILHO: Colheita segunda safra pressiona valor do milho
Os preços do milho registram pequenas quedas em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea, pressionados pela colheita da segunda safra. As novas estimativas da Conab indicando menor produção brasileira na segunda temporada, no entanto, limitam as baixas internas. Por enquanto, o produtor vem ofertando o cereal, no intuito de aproveitar os elevados patamares. Já compradores, resistem em aumentar ainda mais os valores de aquisição. Na sexta, 10, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, região de Campinas (SP), fechou a R$ 53,37/saca de 60 kg, leve queda de 0,35% frente ao dia 3.
MANDIOCA: Oferta fica abaixo das expectativas para o período
As chuvas do início desta semana em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea dificultaram o avanço da colheita. Ao mesmo tempo, apostando em altas mais expressivas, parte dos produtores postergou a colheita, enquanto outros priorizaram as atividades relacionadas ao plantio. A quantidade de mandioca processada pela indústria de fécula teve forte aumento frente à semana passada. No entanto, está abaixo das expectativas dos agentes de mercado para o período, considerado de safra. O valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 291,34 (R$ 0,5067 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), valorização de 2,2% frente à média anterior. o valor médio a prazo para a tonelada de fécula (FOB fecularia) ficou em R$ 1.891,36 (R$ 47,28 por saca de 25 kg), 1,8% acima da média anterior.