Mercados caíram expressivamente ao longo do pregão, com queda de 3,08%, alcançando a mínima dos últimos 3 meses, após quebrar o suporte de US$ 1314,00, atingindo rapidamente níveis de US$ 1270,00, como já era esperado, já que durante um longo tempo o ouro vinha cumulando em uma tendência lateral.
Após atingir os US$ 1270,00 mercado estancou a queda, valorizando durante a bolsa asiática para níveis de US$ 1275. No entanto, vale reforçar que há probabilidade ainda do ouro testar US$ 1255,00 nos próximos dias, o que seria, de fato, o próximo grande suporte a ser quebrado com a continuidade de queda.
Esta queda em um único dia foi a maior desde setembro de 2013, com a divulgação de relatório da Bloomberg de que o Banco Central Europeu poderá começar a recomprar títulos muito antes do esperado. Além disso, devemos lembrar que ainda há possibilidade de aumento da taxa de juros americana, logo, a cada bom indicador divulgado pelo país, haverá pressão de venda no metal.
Portanto, podemos concluir que após romper os US$ 1314,00 com a força com que ocorreu, o cenário passa a ser pessimista para a commodity.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMF&BOVESPA – $132,80 (Fechamento 04/10 -1,26%)
DÓLAR
Dólar valorizou internacionalmente ontem com a continuidade da expectativa dos investidores no futuro aumento da taxa de juros americana, principalmente após a fala de alguns diretores do FED.
Podemos também adicionar que o relatório divulgado pela Bloomberg sobre a recompra dos títulos pelo Banco Central Europeu, sinalizou aos investidores que poderá, aos poucos, a ver diminuição da liquidez existente nos dias de hoje, o qual muito é praticado a operação de Carry Trade, onde o investidor toma dinheiro barato em países com juros baixíssimos, vide Japão e Europa, e aplica em países emergentes, como o Brasil, com juros altos, ganhando a diferença entre o juros pago e o ganho. Com a possibilidade de diminuição dessa liquidez, há possibilidade de menor fluxo de entrada no Brasil, no entanto, ao menos por enquanto, este relatório impactou no pregão de ontem, mas não deverá ser relevante para os próximos dias, pois ainda há muito excesso de dinheiro internacionalmente a juros baixíssimos.
Presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, em audiência declarou que deverão usar com parcimônia os instrumentos cambiais existentes para controle de inflação e demais objetivos do governo, pois não será intenção da instituição interferir de maneira significativa o câmbio flutuante. Além disso, a expectativa de afrouxamento da economia interna vai ganhando força, com a diminuição do risco país, logo, já é esperado um corte de 0,50% na SELIC na próxima reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária do Brasil).
Com este cenário de ganho de confiança no país, analistas começam a apostar em um dólar abaixo do patamar de R$ 3,20, podendo chegar até a R$ 3,00 no final do ano, antes do aumento da taxa de juros americana.
Para hoje é esperado a divulgação de indicador do mercado de trabalho americano, além dos pedidos as fabricas (11h00) e Estoques de Petróleo (11h30) que poderão influenciar momentaneamente tanto na cotação do dólar quanto no ouro.