Existe um elemento chave no mercado chamado “timing”. A expressão se refere a “ritmo”, “embalo”, “velocidade”, performance num intervalo de tempo. O comportamento dos preços deve ter esses elementos.
Nossa metodologia de trading, ou seja, a forma como operamos, o que fazemos em detalhes, são definidos pelos “setups”. Eles são padrões que já foram identificados por estudiosos da Análise Técnica, que surgem em determinados momentos e que geram determinados movimentos.
Os gráficos são representações visuais do comportamento dos investidores que negociam determinado ativo. É o resultado da interação entre compradores e vendedores. Numa espécie de equilíbrio entre a oferta e demanda, o preço se movimenta na balança e determina o valor.
Essas negociações têm um determinado ritmo, que por sua vez dita o timing do preço. Os gráficos representam o preço x tempo. Podemos alterar o prazo do gráfico e ver a performance do ativo em diversas escalas.
A medida que o preço sobe ou desce, os candlesticks vão sendo formados, e pelo tamanho deles conseguimos identificar se está rápido ou devagar a movimentação. Candles grandes mostram força, e indicam que o volume de negociações está alto.
Candles pequenos demonstram fraqueza, e que há poucas negociações dentro daquele prazo. Os próprios candles, formados por velas e pavios, possuem formatos diferentes e tem até nomes diferentes, sendo cada um fruto de um determinado comportamento.
Quando um padrão de compra é formado, através de algum setup, nos preparamos para comprar, colocando ordem acima do candle referência e o stop (ordem de venda que protege nosso capital) abaixo. Toda vez que entramos num trade, já sabemos de maneira antecipada, quanto vamos arriscar, apostando que aquele padrão está precedendo um movimento de alta.
Para que possamos comprar é necessário, condição “sine qua non” (sem a qual não) podemos fazer sem ter volume altista. Ter mais compradores do que vendedores fará com que o preço suba e só compramos quando o gráfico demonstra isso.
O volume vai “empurrando” o preço para cima. Se de repente, o volume cai e os candles passam a ter tamanho pequeno e não forma altas cada vez maiores que os preços anteriores, podemos dizer que o “timing” foi perdido e que é hora de pular do barco.
Não adianta insistirmos numa compra onde o preço não sobe. Isso porque, só operamos comprados quando há tendência de alta, em que os preços formam topos e fundos ascendentes. Se o preço não sobe e fica andando de lado, a tendência é perdida e não forma novas máximas.
Do mesmo modo na venda. Para operar vendido, através de venda a descoberto (vendendo o ativo sem tê-lo, sobre a obrigação de depois comprá-lo), só efetuamos tais operações quando o preço está caindo, em tendência de baixa, pois o lucro dessa operação surge com a queda, onde compramos o preço mais barato do que vendemos.
O nome dos padrões formados quando o preço para em determinada região do gráfico chama-se “consolidação”. Neles o timing do preço é perdido, a tendência perde a direção, e não há como saber para onde o preço vai. São nessas horas de incerteza que o trader deve abandonar o ativo.
Operamos com determinado objetivo em mente: comprar barato e vender caro, ou vender caro para comprar barato. Isso deve ocorrer dentro de uma escala de tempo. Se o comportamento do preço não cumpre nosso objetivo, não devemos nos apegar ao ativo sobre o argumento que ele voltará a subir ou cair.
Os gráficos é que indicam para qual direção o preço vai e assim, qual operação devemos fazer. Pode parecer arrogante, mas Grafistas não operam papéis baseados em fundamentos contábeis, mas sim em padrões gráficos que ocorrem de tempos em tempos e que possibilitam trades.
A hora de parar é quando o timing do preço é perdido. Quando não sobe mais quando estamos comprados, ou quando não cai mais quando estamos vendidos. Ficar posicionado num ativo que não corresponde, nos impede de aproveitarmos outras oportunidades.
Um instrumento importante que deve ser usado são as médias móveis. Elas são rastreadoras da tendência, e quando não estão inclinadas para algum lado, demonstram que não há tendência direcional.
A média de curto prazo mais importante é a de 20 períodos. Ela serve para compra quando o preço vem por cima dela e após tocá-la, voltar a subir. Se porventura, o preço não bate na média, mas atravessa ela caindo, não compramos o ativo ou vendemos se estivermos comprados.
Tenha como referência a média. Nunca opere contra ela (a não ser em trades pequenos de correção). Traders Grafistas agem preventivamente, não reagem após o preço se mexer, mas antecipam os movimentos, tendo as médias como guias, comprando quando o preço está subindo com timing e sempre definindo com antecedência o alvo ou a maneira de conduzir o trade.
A hora de parar é quando percebemos que nosso objetivo não será cumprido e que gastar tempo e dinheiro não ajudará. Siga a tendência, saiba identificá-la, ela é sua amiga.