Em setembro de 2017, o Banco Central optou por reduzir a Selic, a taxa de juros básica da economia brasileira, pela oitava vez. Ao chegar em 8,25% ao ano, o novo patamar desse indicador altera, também, a regra vigente do rendimento poupança.
A partir do dia 7 de setembro, todos os depósitos feitos na tradicional caderneta de poupança começam a entregar resultados menores aos seus investidores. Para saber quanto seu dinheiro renderá nessa modalidade, é preciso entender o gatilho que foi ativado.
Antes da última redução, os rendimentos poupança entregavam mensalmente 0,5% sobre o capital investido. Essa regra era válida quando a Selic estava superior a 8,5% ao ano.
Após alcançar valores inferiores a esse, que é o caso que estamos vivendo, a caderneta entrega apenas 70% da meta anual da Taxa Selic somada a TR. Para exemplificar esse cenário:
Quem depositou R$1.000,00 na poupança no dia 08/09, no mês seguinte teve apenas R$ 4,69 somado ao seu investimento inicial. Esse valor representa um rendimento de 0,469% no mês.
Entretanto, mesmo com esse valor, a poupança apresenta números diferentes em relação a 2016. Por mais que a rentabilidade seja indiscutivelmente baixa, a caderneta anda alcançando uma captação significativamente maior em comparação ao ano passado.
Em setembro de 2016, o balanço acumulado da poupança apresentava uma captação líquida de - R$50 bilhões. Isto é, as retiradas haviam ultrapassado neste valor os depósitos no ano.
Em 2017, os valores de saque continuam maiores que os depósitos, mas em uma proporção consideravelmente menor. Até o nono mês do ano, as retiradas ultrapassaram em “apenas” R$4 bilhões.
Esses valores podem sinalizar que o brasileiro está com maior capital disponível para investimentos, mas mostra que ainda boa parte da população desconhece alternativas melhores de aplicações.
O mercado financeiro está repleto de títulos e ativos que entregam boas rentabilidades e praticidade a preços acessíveis. Se ainda imagina que investimento é sinônimo de altos valores ou que a poupança é a única modalidade possível para determinados aportes, é preciso conhecer outras faces do mercado.
Os títulos do Tesouro Direto são bons exemplos de alternativas à poupança. Os papéis que são emitidos por esse programa apresentam uma tríade procurada pela maioria dos investidores: rentabilidade, praticidade e liquidez.
Para aqueles que não conhecem, o Tesouro Direto é o programa principal do Governo Federal de venda de títulos públicos. Em parceria com a Bovespa, o Tesouro emite papéis e os comercializa inteiramente pela internet.
São oferecidos três tipos de títulos: indexados à inflação, à taxa Selic e os prefixados. Cada um deles mais adequado a determinado cenário econômico, objetivo próprio e prazo desejado.
É preciso conhecer esses três pontos para saber qual dos títulos é mais apropriado para você no momento da aplicação. Mas, em qualquer uma das opções, o resultado seria superior ao rendimento poupança.
Para aqueles que imaginam que não têm o aporte necessário para investir nessa modalidade, é importante compartilhar os valores mínimos exigidos pelo Tesouro Direto. O programa estabelece que o investimento seja de pelo menos 1% do valor do título, ou R$30.
Assim, mesmo com valores baixos, é possível alcançar bons resultados com os títulos do Tesouro.
Essas opções são apenas uma pequena parcela de todas as alternativas disponíveis no mercado. Existem diversas outras formas de fugir dos baixos rendimentos da poupança.
Seja pelo Tesouro Direto, por CDBs, por LCIs ou por LCAs, existe um grande leque de opções aos investidores que procuram resultados melhores. Se você também deseja fugir do gatilho da poupança, busque conhecer a fundo o mercado financeiro.