Títulos de renda fixa são muito comuns, principalmente, para o brasileiro, pois eles dão a garantia de que, ao menos nominalmente, não haverá perda de dinheiro. Todo o valor aplicado neste tipo de investimento é atrelado a alguma taxa de retorno estabelecida no momento do aporte. De mesmo modo, é determinado o período que o dinheiro ficará aplicado.
A garantia de rentabilidade no tempo aplicado traz segurança para quem investe, por isso este tipo de investimento é considerado de perfil conservador - certo para quem não admite assumir grandes chances de perda. Contudo, os riscos existem e não podem ser desconsiderados. A grande questão é quantificar estes riscos de forma que se obtenha a melhor relação Risco vs Retorno.
Assim, é essencial saber quais são os riscos envolvidos. Bem, eles vão desde o aumento da inflação até a quebra da instituição financeira onde o dinheiro está alocado. Por exemplo, no caso do Tesouro Direto, o risco está ligado diretamente à saúde financeira do governo. Assim, nem os títulos do governo são 100% seguros - só olhar para o caso da Grécia. Observando o Certificados de Depósitos Bancários (CDB), o risco considerado é sobre a situação financeira do banco que emite o título. Aqui, podemos lembrar do caso do Banco Panamericano.
Todavia, existe o Fundo Garantidor de Crédito. Que entra em cena quando acontece a quebra de uma instituição financeira. Ele limita as perdas dos correntistas e dos investidores em até R$250.000,00. Ou seja, caso ocorra a falência, há o ressarcimento do valor perdido até o valor limite acima citado. É mais uma segurança para o investidor.A questão dos impostos na Renda Fixa
Na busca de segurança e rentabilidade para conservar o capital acumulado, é impreterível levar em consideração as questões fiscais. O imposto de renda faz no longo prazo uma diferença enorme em nossos investimentos. Deste modo, temos que conhecer a tabela de IR para a renda fixa:
Quanto maior for o tempo que o dinheiro fica aplicado menor será o imposto cobrado. O leão fica mais afável, não menor. Infelizmente. Porém, para usufruir desta vantagem fiscal o planejamento financeiro deve existir. E, sabemos que, no Brasil, quem consegue deixar dinheiro por mais de dois anos parado sente-se o Ethan Hunt tupiniquim.
Ademais, não podemos esquecer que existe o IOF. Caso o dinheiro seja retirado nos primeiros 30 dias. Pensando na aposentadoria dificilmente isto aconteceria.
Os títulos de renda fixa podem ter seus rendimentos atrelados a diversos índices. Os mais comuns são a taxa dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) e Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É a partir destes que podemos projetar o rendimento futuro e definir qual a melhor estratégia para os nossos investimentos.
Por exemplo, se estivermos pensando na reserva de valor, títulos de renda fixa atrelados ao índice inflacionário podem ser uma garantia de longo prazo para enfrentarmos turbulências econômicas com os menores danos possíveis. Pois o IPCA irá variar junto com a inflação e reduzir a perda pela desvalorização da moeda.
Portanto, para definir qual o melhor tipo de investimento em renda fixa devemos levar em consideração o nosso objetivo, o retorno, o prazo e o risco, nesta ordem.No próximo artigo veremos quais os tipos de renda fixa que existem no mercado e quais são as melhores opções para investirmos.