Nas últimas semanas, alguns economistas passaram a alertar o mercado sobre o risco de estagflação. Este é um fenômeno já vivido no Brasil anteriormente, mas para quem desconhece, se trata de uma ameaça ao desenvolvimento econômico. E claro, como a bolsa de valores reflete o lucro das empresas, existem riscos para os investidores.
Em primeiro lugar, vale uma breve explicação sobre o que é a estagflação. Este movimento ocorre quando um país entra em período de recessão, mas, ao mesmo tempo, sofre com a escalada de preços para a sociedade de uma forma geral.
Neste cenário, produtos costumam ficar cada vez mais caros, enquanto indústrias e empresas reduzem a produção e cortam vagas de trabalho. Ou seja, a renda média da população cai, enquanto os preços sobem.
Isto, de forma geral, é resultado de políticas econômicas e monetárias equivocadas que podem trazer sérios prejuízos para um país.
Mas, o Brasil vive um período de estagflação?
Diante do cenário de inflação, desemprego e crise econômica, alguns agentes de mercado começam a chamar a atenção para este risco por aqui.
Ao menos por ora, o nosso país tem apresentado dados de crescimento e contratações mais positivos. O grande ponto é se esta recuperação econômica de fato permanecerá por mais tempo, ingrediente necessário para que a estagflação não alcance o bolso dos brasileiros.
Tendo isso em vista, a continuação da agenda de reformas é muito importante, a fim de melhorar o ambiente de negócios em conjunto com controle fiscal adequado. A melhora na relação entre os três poderes também é benéfica para o país, na medida em que passa confiança e estabilidade para que o setor privado possa seguir com os investimentos em expansão.
No caso da bolsa de valores, é importante destacar que ela é formada por nada menos do que empresas. Quando há uma perspectiva de estagflação, a tendência é um crédito mais caro, menos contratações e produção estabilizada ou até menor. E isto significa lucros menores.
Desta forma, quando a perspectiva é de piora nos resultados, automaticamente as ações dessas companhias passam a valer menos.
Se o Ibovespa, em um cenário hipotético, tinha potencial para chegar até 150 mil pontos, ele passa a ser reduzido caso a estagflação ocorra. E aí, você já sabe, é bolsa para baixo, investidor(a)!
Por fim, como forma de proteção diante deste cenário, o investidor pode buscar a diversificação por meio de ativos internacionais e títulos atrelados ao IPCA, como eu citei no artigo anterior.
Se você ainda tem dúvidas sobre qual caminho seguir e como, exatamente, diversificar, não deixe de buscar a ajuda de um profissional. Quando se trata da formação de patrimônio, é preciso ter segurança daquilo que é feito, pois é o seu futuro que está em jogo. Bons negócios!