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O Que os Pensadores de Segunda Ordem Acham do “Novo Normal”?

Publicado 06.08.2020, 11:25
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Uma das habilidades mais importantes de um investidor do mercado de ações é saber se posicionar em setores e indústrias com boas tendências de longo prazo, para que consiga se beneficiar de todas as oportunidades de crescimento das mesmas.

Neste quesito, os investidores de longo prazo possuem uma vantagem em relação aos demais, pois possuem a mentalidade necessária para conseguir identificar, analisar, se posicionar e esperar os setores e as indústrias que prosperarão em algum período além do atual.

O momento em que vivemos é uma boa oportunidade para refletirmos a respeito das tendências que os investidores do mercado de capitais cujo desempenho está batendo a média do mercado identificaran anos atrás - e pelas quais estão sendo recompensados hoje. E, o mais importante, refletirmos a respeito das próximas tendências, que nos recompensarão no futuro.

Como sabemos, as crises aceleraram o desenrolar de nossa história, fazendo com que existam décadas em que nada acontece, e semanas em que décadas acontecem. A pandemia do coronavírus pode ser mais uma dessas raras “semanas”, totalmente decisivas para o desenrolar de nossa história e, portanto, precisa ser muito debatida.

Sabendo disso, podemos refletir sobre uma das principais tendências globais do momento: a de que a tecnologia vai proporcionar a ascensão de um mundo com menos contato físico.

Em seu livro “The Most Important Thing”, Howard Marks explica um importante conceito chamado “second-level thinking”, ou pensamento de segunda ordem. Para entendê-lo perfeitamente, precisamos antes entender o “first-level thinking” (pensamento de primeira ordem).

Basicamente, o pensamento de primeiro nível é simplista e superficial, e quase todo mundo pode fazê-lo. Tudo o que o pensador de primeiro nível precisa é de uma opinião imediata sobre o futuro.

Ou seja, o pensamento de primeira ordem é rápido e fácil, pois acontece quando procuramos algo que resolva nossos problemas imediatos e não consideramos as consequências dessas ações. Isto faz com que todos os pensadores de primeira ordem cheguem às mesmas conclusões.

O pensamento de segundo nível, por sua vez, é muito mais profundo, complexo e complicado. E busca ir além do óbvio, refletindo a respeito das consequências da ação específica.

Podemos observar esse conceito nos debates atuais sobre o “novo normal”, em que muito se discute a respeito da ascensão do trabalho remoto, do ensino a distância, da telemedicina, do streaming e do e-commerce.

De fato, estas são tendências que provavelmente vieram para ficar. No entanto, os pensadores de segunda ordem não se contentam apenas com isso. Eles precisam ir mais a fundo, questionando-se a respeito das consequências da ascensão de tais movimentos.

Dentre outras coisas, o aumento da demanda por softwares obrigará um aumento da infraestrutura necessária para suportá-los, como soluções em nuvem, data centers e semicondutores, que são tendências muito menos comentadas do que as primeiras, mas igualmente importantes.

Um exemplo de pensamento de segunda ordem pode ser observado na “corrida do ouro” que aconteceu na Califórnia no século XIX. Era 1848, quando notícias de que uma grande quantidade do precioso metal podia ser encontrada no local começaram circular pelo país. Os boatos fizeram com que cerca de 300 000 pessoas, oriundas do restante dos Estados Unidos e do exterior, rumassem para a região.

Dada a grande competição pela commodity, os lucros da sua exploração foram repartidos entre milhares de mineradores. No entanto, os poucos empresários que tiveram a visão de que seria necessário vender ferramentas para esses trabalhadores enriqueceram como nunca.

Espero que tenham gostado da visão contida no artigo. E lembrem-se: investidores pacientes que se posicionam em tendências de longo prazo e conseguem atingir o pensamento de segunda ordem – ou ainda mais profundo – são recompensados com maiores retornos.

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