No ultimo pregão de outubro o dólar fechou a R$ 5,6419. Fechamos outubro com uma alta de 3,53% do dólar frente ao real ,com a piora das perspectivas fiscais e econômicas.
Com isso a alta do dólar acumulada no ano é de 8,68%.
Será que ainda temos espaço para um aumento do dólar em novembro?
A reposta simples e objetiva é sim.
Pesam muito no preço do dólar as incertezas fiscais que vivemos no Brasil. Com o fim do Auxílio Emergencial o governo tenta emplacar o Auxílio Brasil, que ainda não conta com seus recursos dentro do teto de gastos. Projetos que podem ajudar, como a PEC do Precatórios ou do IR, continuam sem votações.
Nossas perspectivas em relação a inflação e em relação ao crescimento econômico pioram a cada novo boletim Focus (boletim divulgado pelo Banco Central todas as segundas-feiras, com a média das previsões do mercado).
Nossa taxa de juros (Selic) chegou ao patamar de 7,75% ao ano, com o Bacen com discurso muito firme. Contudo, nas ações, continuamos atrás da curva (nos juros). As maneiras de intervenções que Bacen vem utilizando já não têm produzido os efeitos de antes, com o mercado já se acostumando com as intervenções. O risco país atingiu o maior nível em 6 meses .
Para uma queda expressiva no dólar, é indispensável que o governo brasileiro consiga resgatar a confiança do investidor com ações no sentido de garantir com que o teto fiscal seja mantido. Os projetos nas casas legislativas devem andar com mais rapidez.
Nossa economia, com mais da metade dos brasileiros já vacinados com a segunda dose, precisa dar sinais de melhora .
Novembro ameaça começar já com a greve dos caminhoneiros, prejudicados com a atual política de preços da Petrobras (SA:PETR4) (baseada na cotação do petróleo internacional, que tem batido recordes), o que tem encarecido demais o preço dos derivados de petróleo (nós que utilizamos veículos automotores temos acompanhado de perto os aumentos sucessivos).
Nesta semana teremos a publicação da ata do COPOM.
No mercado internacional, dados do crescimento do PIB nos EUA no terceiro trimestre surpreenderam negativamente.
Nesta semana teremos o FOMC e o Payroll para acompanharmos de pertinho .
Na Europa, o BCE manteve o juros em 0% já prevendo a retirada dos estímulos monetários.
Enfim: novembro tem nos prometido grandes emoções.
Desejo a todos um ótimo mês e bons negócios!