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O que Foi Notícia em Maio e o que Podemos Esperar de Junho

Publicado 03.06.2021, 21:48
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Destaques de Maio

Inflação

A tão temida inflação foi notícia ao redor do mundo no mês de Maio. Mesmo com os números externos sendo modestos em comparação com o padrão brasileiro. Nos Estados Unidos, o mercado esperava uma alta de 0,2% em abril, mas os números mostraram um avanço de 0,8% no índice de inflação. Mesmo que esta diferença tenha deixado todos em alerta, este número não é o único indicador que mede a temperatura da economia americana.

A zona do euro também foi notícia com a inflação. Os números por lá aceleraram como esperado em abril devido a uma forte alta nos custos de energia e serviços. O índice de preços ao consumidor por lá subiu 1,6% em abril com relação ao mesmo mês de 2020, ganhando força ante o acréscimo anual de 1,3% verificado em março.

Por aqui continuamos de olho no IPCA, que cada vez mais destoa da meta. O centro da meta este ano é de 3,75% com limite superior de 5,25%. A inflação oficial medida pelo IPCA subiu 0,31% em abril na comparação com março, mostrando desaceleração, mas ainda acima do teto da meta, atingindo 6,76% em 12 meses. O aumento dos produtos farmacêuticos foram a principal influência desse resultado. A prévia da inflação para o mês de maio, medido pelo IPCA-15, ficou em 0,44%. Desde 2016, esse foi o maior índice para o mês. Ficou abaixo de 0,60% divulgado em abril, mas ainda acumula alta de 3,27% no ano. A variação está em 7,27% para os últimos 12 meses.

Empregos

Os dados do emprego nos Estados Unidos também vieram muito diferente do que o mercado esperava. Foram criados 266 mil empregos em abril, segundo informou o relatório Payroll, abaixo dos dados de março (916 mil vagas). A previsão dos analistas de mercado era a criação de 978 mil empregos no período. E esses números permitem que o FED continue mantendo os juros baixos.

Aqui no Brasil, foram divulgados os dados do Caged, registrando abertura de 120,9 mil vagas com carteira de trabalho assinada para o mês de abril. O saldo foi o menor do ano de 2021, depois de números mais fortes aparecerem em janeiro (261 mil), fevereiro (398 mil) e março (177 mil).

Mesmo com a queda da criação de vagas os resultados foram considerados bons pois o mês foi marcado pelo avanço da pandemia e medidas de restrições mais duras em diversas localidades. Com relação ao mesmo mês de 2020, o resultado foi significativamente melhor, quando quase 964 mil vagas foram fechadas em apenas um mês.

Reformas

Duas importantes reformas ganharam destaque no mês de Maio, a tributária e a administrativa. Elas se mostram essenciais para o enfrentamento das consequências econômicas da pandemia. O foco da reforma tributária é a unificação e simplificação dos diversos tributos que atualmente incidem sobre o consumo. O sistema tributário brasileiro é muito complexo e a reforma tem o objetivo de desburocratizar este modelo. O relatório da Reforma Tributária foi apresentado e os primeiros passos foram dados, sendo ela fatiada ou não, o importante é andar.

Em meio a muita polêmica, a reforma administrativa também deu seus primeiros passos. Muitas discussões com esses assuntos ainda devem acontecer e deixam os mercados em alerta para cada notícia de mais um passo à frente.

COPOM e SELIC

Na reunião do COPOM a SELIC foi reajustada em 0,75, repetindo a dose da última sessão. Também foi sinalizado que os juros não devem subir a ponto de frear a economia, mas também não garantiram que essa visão não possa ser alterada. Tudo vai depender do andamento dos indicadores e possíveis descontroles das contas públicas.

Commodities

As commodities são notícia desde o início do ano com as expectativas de retomada da economia pelo mundo. E com o aumento da demanda puxado pela retomada da China e dos EUA, ações de commodities impulsionaram a Bolsa também em Maio. As matérias-primas têm beneficiado países com forte produção agrícola e pecuária, como o Brasil. Além dos avanços com a vacinação e dos estímulos gigantescos dos governos para combater a pandemia, dinheiro é o que não falta no mercado, os países ricos voltam a produzir e consumir com menos restrições de deslocamento.

Bitcoin

A principal criptomoeda do mercado acumulou, em maio, queda de 39,40%. Mas quem comprou a moeda virtual há um ano ainda acumula rendimento de mais de 150%. Essas variações são normais em um ativo tão arriscado. Mesmo assim, todos seguem de olho nas declarações do presidente da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), Elon Musk, que parece querer brincar com o mercado seguindo de anúncios do governo chinês com relação a ameaças de reprimir transações especulativas com bitcoin dentro de seu território junto com a divulgação de agências de notícias que o governo chinês teria proibido instituições financeiras e empresas de meios de pagamento de participar de quaisquer transações relacionadas a criptomoedas.

O que esperar de Junho?

O Ibovespa encerrou o mês de Maio renovando sua máxima histórica atingindo 126.215,73 nesta segunda-feira (31). Para o mês de Junho as expectativas são de novos picos, mas ainda atentos à volatilidade.

As commodities devem continuar com seu ciclo de alta. O crescimento do PIB brasileiro tem forte correlação com o ciclo de commodities. O setor representa mais da metade das exportações.

Mesmo com o caminho de retomada econômica acelerado ao redor do mundo, aqui no Brasil os riscos políticos e fiscais aumentam. Com o andamento acalorado da CPI da Covid-19, protestos contra o governo país afora e a aproximação das eleições (mesmo que pareça muito longe, o assunto já está em pauta por aí), a economia brasileira fica mais sensível e investidores acabam passando longe daqui.

A privatização da Eletrobras (SA:ELET3) e o andamento das reformas continuam no radar. A crise hídrica também coloca preocupação na lista, isso sem falar da realização da Copa América por aqui esse mês.

Todas estas situações parecem destoar da euforia da economia que terça-feira divulgou o PIB do Brasil referente ao primeiro trimestre, mostrando alta de 1,2% em comparação com o trimestre anterior. Segundo levantamento elaborado pela Austing Rating, o Brasil ocupa o 19º lugar numa lista com 50 países, trazendo os resultados das maiores economias do mundo.

Lembrando que o PIB dos Estados Unidos cresceu 6,4% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o quarto trimestre e a economia da zona do euro contraiu 0,6% no primeiro trimestre de 2021, confirmando a recessão técnica, uma vez que, com exceção da França, o Produto Interno Bruto caiu em todos os maiores países.

Junto com a divulgação do PIB, o Ibovespa bateu mais uma vez sua marca histórica chegando em 128.295. Isso tudo deve deixar o brasileiro meio confuso, pois no dia a dia parece estar cada vez mais difícil consumir e, até mesmo, se manter confiante diante das nossas notícias por aqui e recebendo as notícias lá de fora mostrando abertura da economia, vacinação acelerada e os estímulos surtindo efeito.

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