Eleições chegando e nós, investidores, com inúmeras incertezas a poucos dias da votação. O que falar sobre essa semana? Muitas coisas:
O Mercado de Renda Variável, principalmente no primeiro dia útil após a apuração, historicamente comprovado, tende a entrar numa oscilação absurda, uma vez que todos necessitam absorver o resultado e se posicionar conforme todas as expectativas.
Grandes players, desde já, tendem a montar estratégias cautelosas, buscando proteções para as suas posições, sejam com travas, Hedge ou liquidações parciais. Muitas dessas posições podem entrar em voga na semana que vem, caso as julguem passíveis de adaptações, turbinando a volatilidade mencionada.
Falando em Renda Fixa, imaginemos que cada candidato tem um possível efeito na expectativa de longo, médio e curto prazos nos principais termômetros das taxas dos produtos de Renda Fixa: SELIC, IPCA, entrada ou saída de capital de fora, dólar, IGPM, dentre outros.
De forma resumida, imaginemos, por exemplo, uma expectativa de alta na inflação. Isso pode causar um favorecimento dos títulos atrelados ao IPCA, porém, se o mesmo fenômeno ocorrer na SELIC, pode ocorrer uma pressão nesses mesmos títulos, devido à busca por atrelados ao CDI.
Por outro lado, dependendo das expectativas, podemos ter uma busca aos pré-fixados, caso se crie uma expectativa de manutenção da SELIC para um prazo longo. Todavia, pode ocorrer uma fuga desses mesmos produtos, caso se julgue que os pós-fixados SELIC ou IPCA venham a se favorecer, por uma possível alta destes.
Em resumo, a incerteza impera e a cautela se faz necessária. São extremamente vitais a proteção de carteira e a redução de exposição ao risco. Estamos em uma fase onde ficar de fora pode significar ter o poder de escolher de uma forma mais acertada, após o furacão passar, os melhores investimentos.
Tenham uma excelente semana e que Deus proteja o Brasil.