Por Julia Monsalve e Ygor Maggiori
De acordo com a previsão do CPC ENSO, a probabilidade de ocorrência do La Niña no trimestre de julho a setembro é de 65,0%. O La Niña pode influenciar na regularização das chuvas e, consequentemente, na umidade relativa do ar, o que pode afetar o balanço hídrico do solo e as culturas da safra 2024/25, especialmente no Brasil Central.
Além disso, entre os dias 28 de junho e 2 de julho, uma nova frente fria chegará à Região Sul, avançando em direção ao Sudeste e parte do Mato Grosso do Sul. As temperaturas cairão durante esse período, mas essa mudança será temporária, com a expectativa de um aumento nas temperaturas após alguns dias. Confira a previsão para cada região brasileira no trimestre:
Sul:
Esperam-se temperaturas mais amenas e grande amplitude térmica em algumas áreas. Devido aos bloqueios atmosféricos no Brasil Central e leste do país durante o inverno, há tendência de chuvas volumosas até o fim da estação, especialmente no Rio Grande do Sul. No entanto, com a presença do La Niña, esses eventos podem ocorrer de forma espaçada. Entre julho e setembro, o ar frio será frequente, mas o ar quente também terá presença marcante, resultando em dias frios acima da média histórica. É provável que ocorram geadas na região e neve no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Sudeste:
A previsão para o trimestre de inverno é de baixa ou quase nenhuma precipitação, resultando em um tempo mais seco que o normal. Algumas áreas poderão receber volumes fracos de chuva em julho, especialmente no Espírito Santo, leste de Minas Gerais, litoral do Rio de Janeiro e São Paulo durante a passagem de frentes frias. O frio pode chegar em julho, principalmente no leste de São Paulo, na Zona da Mata em Minas Gerais e no sul do Espírito Santo. Nas demais regiões, o frio será menos intenso devido ao bloqueio atmosférico. O ar quente predominará, com muitos dias apresentando temperaturas acima da média, embora ainda haja possibilidade de quedas acentuadas e ondas de frio.
Centro-Oeste
A região será marcada por uma forte seca durante julho e agosto, com exceção do Mato Grosso do Sul, que poderá receber chuvas durante a passagem de frentes frias, embora isso não seja frequente. Os dias frios podem ser intensos e mais frequentes entre agosto e setembro, com previsão de geadas no Mato Grosso do Sul. As baixas temperaturas dividirão espaço com ondas de calor, que serão mais presentes em setembro.
Nordeste
Chuvas intensas continuarão ocorrendo ao longo de junho, devido à influência do La Niña, que deve prolongar as precipitações no Nordeste durante o inverno. A região do Matopiba, que inclui o Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, será beneficiada pela umidade. Contudo, as temperaturas no Nordeste permanecerão elevadas, superando os 30ºC nos próximos três meses.
Mercado do boi gordo estável em São Paulo
O mercado abriu com poucos negócios. Em boa parte das indústrias, as escalas atendem com folga os próximos dias, período com maior escoamento de carne bovina. Em contrapartida, tem-se uma redução da oferta de boiadas, o que resultou em uma firmeza nos preços.
Região de Marabá e Redenção - PA
Com a redução na oferta de boiadas, a cotação da novilha subiu R$2,00/@ na região de Marabá.
Na região de Redenção, a cotação da vaca que subiu R$2,00/@.
A cotação do boi gordo permaneceu estável.
Santa Catarina
O mercado permaneceu estável.
Região Oeste do Maranhão
O mercado se manteve estável na praça.